Poké House. Um restaurante de praia em pleno Chiado

Dois anos depois de terem invadido os Estados Unidos, as poké, saladas de peixe marinado de origem havaiana, chegaram em força a Lisboa. A Poké House, no Chiado, é o mais recente espaço a apostar na receita.

Se o recém-aberto Poké House estivesse à beira-mar ninguém estranharia. Basta lá entrar para perceber: por todo o espaço, uma antiga loja de roupa no Chiado, o predomínio da madeira sobre os restantes materiais é evidente. Mas não só, há uma parede e um balcão revestidos a canas de bambu, um pequeno bar de sumos ao fundo que parece saído de uma qualquer praia da costa nacional e uma coluna de tabuletas coloridas com palavras-chave em que uma delas é, lá está, beach.

Não é por acaso. “A ideia era juntar o conceito de praia e restauração”, explica Salvador Sobral (não confundir com o cantor), um dos seis sócios do projeto e que é também responsável pelo El Clandestino, restaurante que junta tacos, ceviches e cocktails uns bons metros acima, no Príncipe Real. Conta Salvador que foi Duarte Costa, outro dos sócios, fundador da DCK — marca de calções de banho cuja loja é ao lado da Poké House — a tomar contacto com o fenómeno poké, durante o período que viveu em Los Angeles. “O Duarte viu que aquilo estava a surgir em todas as esquinas e achou que era o conceito ideal para abrir cá.”

Ao fundo da sala existe um pequeno bar de apoio para sumos e açaí.
(fotografia: Tiago Pais)

E o que é, afinal, poké? Em primeiro lugar, “poke” é a palavra havaiana para “cortar aos pedaços”. Vem daí a origem do nome desta salada típica desse arquipélago que junta peixe, geralmente atum, picado aos cubos e marinado, sobre uma base de arroz semelhante ao do sushi. Esses são os ingredientes principais: há inúmeros outros que se usam para enriquecer cada variação da receita. Por se pronunciar poké tem levado o acento na grafia portuguesa. E por se servir em taças ou tigelas costuma vir seguido da palavra “bowl”, fruto da sua fama nos Estados Unidos, onde chegou em força, sobretudo à California, no início de 2015.

Voltemos à Poké House. Do menu constam cinco receitas sugeridas pelo chef Eugeniu Musteata, todas com salmão ou atum (uma delas, Mixed Seas, mistura os dois peixes) mas com molhos, acompanhamentos e até bases (quinoa ou rúcula em vez de arroz) diferentes entre si. A opção mais seguida tem sido a que possibilita criar uma poké de raiz, da base até ao tempero. O preço é fixo: 7,5€ para a taça normal e 9,5€ para a grande.

Eugeniu Musteata, chef e um dos sócios, prepara uma das taças de poké.
(fotografia: Tiago Pais)

Apesar deste ser um projecto recém-nascido — abriu no início da semana passada –, os responsáveis já têm novidades para anunciar. A primeira é que a oferta em breve se vai estender aos pequenos-almoços, com fruta e açaí disponíveis. A segunda é que em breve nascerão mais duas lojas da marca, ambas em food courts, uma no Saldanha, outra no Tivoli Forum. E como não há duas sem três, a partir da próxima semana já deverá ser possível encomendar uma refeição para entrega ao domicílio. Não é coisa poké, não.

 

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