Este restaurante encontra-se encerrado e é agora o Static.
Uma carta camaleónica e sazonal, que estará em mutação constante, assente ao máximo nos produtos de época e locais. Com a vantagem de ser saboreada num novo e resguardado terraço, rodeado de peças de arte, a meio caminho entre a Baixa e Alfama – e longe da confusão de ambos os bairros. Trata-se do Esqina Gastro e Cocktail Bar, o novo gastrobar lisboeta que alia uma cozinha contemporânea sem ser extravagante, aos cocktails e vinhos.
O espaço está inserido no piso térreo do Esqina Cosmopolitan Lodge, que funciona como hotel e galeria de arte na Rua da Madalena, e é a concretização do projeto idealizado por três amigos e sócios. Ao comando da cozinha está Nicolas Lopez, um chef argentino de 36 anos que já trabalhou em Caracas, Australia, EUA, Noruega, Chile e Colombia. Neste último território, fundou em parceria com Sergio Meza o restaurante Villanos en Bermuda, que entrou na lista dos 50 melhores restaurantes da América Latina da S. Pellegrino, nos anos de 2017 e 2018.
Em Lisboa, prepara-se para agarrar este novo desafio, mantendo-se fiel à sua cozinha, que não associa a um universo experimental nem sentimental, mas antes à sazonalidade, a prioridade aqui. «É isto que me fascina nas estações do ano. Assim como se mudam as roupas, a comida também altera. Isto obriga-me a estar atento e mudar constantemente», explica Nicolas Lopez, que tinha expetativas altas em torno da capital. «Ouvia muito boas coisas sobre Lisboa. Muita gente me falava desta cidade», acrescenta o responsável pelos pratos do Esqina Gastro & Cocktail Bar. E já começou a notar as primeiras diferenças: «O peixe é o melhor», explica.

A sardinha curada com melão e pimento vermelho.

A salada de tomate com queijo de cabra, pêssego e manjericão.

O peixe do dia com puré de aipo e radicchio.
Nesta nova morada, transversal a toda a carta, a aposta na fruta nota-se em quase todos os pratos, quer seja em apontamentos ou de uma forma mais assumida. «Gosto muito de trabalhar com fruta, é um produto interessante e que marca muito as estações», revela o jovem argentino. É o caso da sopa de ostras com amoras e cavala marinada, perfeita para os admiradores de picante, e da sardinha curada durante 48 horas, acompanhada de melão, pimento assado, agrião e da espinha da própria (8,5€), que também se come, aqui numa versão frita e crocante.
As saladas de tomate com queijo de cabra, pêssego e manjericão (1o€) e de endívias com morangos, alho francês e ricotta (9,5€) são duas propostas frescas e leves, enquanto que o tártaro de cordeiro com arroz selvagem frito, espuma de molho holandês e azeite de alho francês (11€) oscila entre o cremoso e o crocante a cada garfada. Nos pratos principais, há três propostas ao virar da esquina: o peixe do dia com puré de aipo e radicchio (18€), camarão tigre com kimchi, agrião e molho de alho branco (22€) e o bife de novilho com puré de topinambur e kale (22€).
O final adoça-se de três maneiras: com uma mousse de chocolate com kumquat, cítrico nipónico; uma tarte de mascarpone com morangos; ou um pudim flã de doce de leite com natas, todas a 6€. Ao jantar, escolhe-se à carta entre estas e outras sugestões, mas a partir de dia 14, haverá também menu executivo de almoço com prato principal, sobremesa, café e bebida por 15€. Além disso, também se servem pequenos-almoços neste novo espaço da Rua da Madalena.

O chef argentino Nicolas Lopes.

A salada de melancia.

A tarte de mascarpone com morangos.
Antes ou depois da refeição, vale a pena explorar as restantes vertentes deste espaço multifunções. Num rooftop com vista panorâmica com vista para o Tejo haverá música ao vivo regular aos fins de semana, e na base encontra-se a galeria gratuita que acolherá, a um ritmo frequente, exposições de arte e residências artísticas, ou outras atividades pontuais como aulas de ioga e workshops.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
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