Comer em conta: sabores de sempre no renovado Zé de Braga, no Porto

Restaurante Zé de Braga, no Porto. (Foto: André Rolo/GI)
Projeto de três amigos, o restaurante Zé de Braga resgata esta casa histórica da Rua do Rosário, que esteve fechada durante sete anos. Foram buscar a mesma cozinheira e o bacalhau à Braga volta a ser o prato principal.

Terá sido há mais de 100 anos que José se mudou de Braga para o Porto e abriu na Rua do Rosário uma sapataria. Na oficina, arranjava sapatos e também assava sardinhas e servia copos aos clientes. Foi percebendo o potencial deste negócio e transformou a oficina em restaurante, que mais tarde passou “a uns senhores brasileiros”.

Quem conta a história é Jaqueline Ribeiro que, com João Teixeira, na área da restauração há vários anos, e Marisa Silva, adquiriu o Zé de Braga em 2018, quando este estava fechado há sete anos. “Foi através de um amigo que conheci o espaço”, lembra. Estava ainda em obras, mas decidiram arriscar pois “em 2018 o Porto estava numa fase muito boa para os negócios”. Foram eles que montaram o restaurante, incluindo cozinha, o balcão, a garrafeira e decidiram a decoração, de tasquinha portuguesa moderna e elegante.

O bacalhau à floresta do restaurante Zé de Braga. (Fotografias: André Rolo/GI)

O restaurante foi recuperado e está situado na Rua do Rosário, no Porto.

Manter a tradição de servir cozinha portuguesa e manter o bacalhau à Braga como a especialidade da casa foram decisões tomadas logo à partida. Para isso, foram buscar a antiga cozinheira da casa, a dona Isabel. Pataniscas, rojões, tripas à moda do Porto, rancho, bacalhau à floresta, filetes de pescada ou cozido são alguns dos pratos que se podem escolher no menu do dia, ao almoço. O preço deste depende do prato, rondando, em média, os 6,50 euros, com sopa, pão e bebida a copo.

Jaqueline, natural de Minas Gerais, Brasil, e a viver em Portugal há 16 anos, nunca se sentiu muito tentada a incluir sabores mineiros na carta. “Às vezes, pode acontecer, mas nunca como foco”, diz. Excepção feita ao pudim da casa, receita da mãe, confeccionada com leite de coco.

João Teixeira e Jacqueline Ribeiro são amigos de longa data.

As tripas à moda do Porto.

Ao jantar, o menu dá lugar à carta, que conta com entradas como alheira, chouriça assada, salgadinhos variados e caldo verde. Os pratos principais vão depender dos dias, nunca falhando o bacalhau à Braga nem o bife à casa com molho de cogumelos. “De terça a sábado temos sempre peixe fresco, grelhado, que pode ser robalo, dourada, salmão, o que estiver disponível”, diz João.

Uma vez por mês, normalmente nas últimas sextas-feiras, as noites são de fado ao vivo. Nestas, os individuais sobre as mesas são substituídos por toalhas coloridas quadriculadas e paga-se um menu completo de 25 euros. “Por acaso, a acústica do espaço é muito boa”, diz João, um dos motivos que lhe estimulou a vontade de organizar estes eventos. Em breve, quer também experimentar desgarradas (cantares ao desafio), para chamar mais pessoas e diversificar o público.

 

Menu do dia: desde 6 euros

Inclui pão, sopa, bebida a copo e prato principal.
Especialidades: bacalhau à Braga, bife à casa com molho de cogumelos, pataniscas com arroz de tomate, cozido à portuguesa.
Sobremesas: pudim da casa (de coco), bolo de bolacha, rabanadas.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend