Caviar e trufa: o chef Vítor Sobral reinventa-se no Otro Restaurante em Lisboa

Polvo à lagareiro, um dos pratos da carta do Otro Restaurante. (Fotografia de Jorge Simão/GI)
Vítor Sobral associou-se ao empreendedor Hugo Banha, com vários negócios no segmento de luxo, e apresenta no Otro Restaurante uma cozinha entre o clássico e o contemporâneo, em que não faltam os sabores do caviar, fava tonka, foie gras e trufa.

Entrar no Otro Restaurante é um estímulo aos cinco sentidos, a começar pelo olfacto, ou não fosse o seu promotor, Hugo Banha, dono de uma perfumaria de nicho, com prestigiadas marcas mundiais, perto da Avenida da Liberdade. “Cada funcionário usa um perfume diferente e na casa de banho há três perfumes que os clientes podem experimentar, consoante o seu estado de espírito”, explica o rosto do Grupo Otro, que compreende serviços de perfumaria e alfaiataria de luxo e um ateliê de arquitetura e design de interiores.

Conhecido o bar de cocktails e champanhe logo à entrada, a audição e o tato apuram-se com a música que chega da sala principal, marcada por sofás em veludo, mesas, balcão e chão em pedra mármore preta e iluminação intimista. À mesa, em linha com o ambiente, afina-se o palato com os pratos do chef Vítor Sobral, que aqui revela uma faceta mais contemporânea, mas assente em bases clássicas. Em destaque está o bacalhau: há pastéis com ovas de salmão e emulsão de salsa, bacalhau confitado com foie gras, puré de batata e trufas e ainda no forno, com lavagante, mandioca, coco e especiarias, entre outros.

Da carta fazem também parte sabores imperdíveis como o do tártaro de novilho, caviar beluga e ovo de codorniz com azeite de avelã e trufa e o do arroz de carabineiro com línguas de bacalhau, tomate assado e poejo. Hugo Banha acrescenta que em breve haverá uma aposta maior nas carnes, que por enquanto se fazem representar por uma presa de porco do montado e por uma rúbia galega, com 45 dias de maturação, grelhada. Em matéria de vinhos, avultam referências como Pêra-Manca, Chateau- Neuf du Pape ou o champagne Armand de Brignac Gold Brut.

(Fotografia de Jorge Simão/GI)

Já no capítulo das sobremesas, há que guardar espaço para provar a mousse de chocolate com pistáchio e cacau torrado, o pudim de chá verde com creme de maracujá e gengibre ou o creme queimado com champanhe e fava tonka. Da ilha do Pico, nos Açores, chega o queijo amanteigado que Vítor Sobral sugere com mel trufado e amêndoas torradas, coroando o projeto com o nobre produto português. Quem quiser, pode ainda comprar um perfume durante a refeição e vê-lo chegar à mesa dentro de uma campânula e envolto em fumo branco.

 

Menu regular na passagem de ano
O restaurante vai estar a funcionar ao almoço e ao jantar no último dia do ano, das 19h30 às 22h30. Ao jantar, ao contrário do que foi anunciado, não haverá um menu especial, mas sim o menu regular à carta.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend