Nas últimas duas décadas, Daniel Seixas já mostrou a sua pastelaria pelo mundo fora, trabalhando em Inglaterra, França, Bélgica ou Moçambique. De volta às origens, é ele o responsável pelos pastéis de nata da Castro, a marca que fixou arraiais no Porto há dois anos e que abre agora na capital, a cidade onde o chef pasteleiro nasceu. Na Rua Garrett, onde funcionou a centenária Casa Pereira, conhecida pelos seus chocolates e cafés, fazem-se agora fornadas de pastéis durante todo o dia, com massa fina e estaladiça e menos doces dos que se provam habitualmente.
Para isso, contribui a manteiga francesa que Daniel usa, “extra-seca e que torna o folhado menos gorduroso”, mas também o creme leve, “com menos açúcar, travo a limão e aroma a canela”. Depois de oito a 10 minutos no forno, basta servir-se à mesa ou ao balcão dourado deste pequeno e elegante espaço, onde cabem tetos trabalhados, mesas em mármore e um vistoso lustre. Impossível é deixar de notar na montra irreverente, com estruturas onde se vê uma menina, inspirada em Alice no País das Maravilhas, a mergulhar num pastel, autoria da Studio Astolfi.
A marca já existia no Porto e chega agora ao Chiado. (Fotografias: Francisco Nogueira e Nuno Correia)
O chef pasteleiro Daniel Seixas é o responsável pelos pastéis.
No Castro, a dinâmica é democrática – dá para sentar e comer ou comprar e levar para a rua, à unidade (a 1,10 euros) ou em caixas. Se a intenção for permanecer, os pastéis de nata desta casa do grupo Plateform (Alma, Tapisco, ZeroZero, Sala de Corte) podem ser acompanhados com ginjinha, vinho do Porto ou o açoriano Chá Gorreana.
O interior do novo espaço da Rua Garrett.
A criativa montra da Castro, projeto do grupo Plateform.
