Bettina Corallo aponta para a fotografia na parede com o seu perfil recortado numa fazenda de café em Kinshasa, atual República Democrática do Congo, onde o pai se fixou como embaixador. A viver naquele país desde os 14 anos, foi em 1980 que conheceu Claudio Corallo, italiano com quem viria a casar e encetar uma vida dedicada às plantações de café e cacau, primeiro no antigo Zaire e mais tarde em São Tomé e Príncipe, já com a participação dos filhos Ricciarda, Nicòllo e Amedeo.
Regressada a Lisboa há 15 anos, Elisabete Martins (conhecida por Bettina) abriu a sua primeira oficina/loja no Príncipe Real, com o intuito de vender o café e chocolate produzido a partir do cacau da produção familiar; e onde hoje continua, num espaço maior na principal rua do bairro. A vitrine do balcão é um deleite para os amantes de chocolate, que acorrem à loja na certeza de encontrar o produto feito “todos os dias” a partir de cacau do Príncipe, Gana, Venezuela, República Dominicana e Bolívia.
As mais de 20 referências servem todos os paladares e organizam-se consoante as percentagens de cacau, dos 100 aos 40% (no caso do único chocolate de leite que têm). Além de resultar em tiras de chocolate com cereja e gengibre, o cacau puro é utilizado para fazer o sorvete e o chocolate quente, ambos sem lactose e vendidos todo o ano. Com 75 e 70% de cacau encontram-se combinações com pimenta e flor de sal, flor de sal e caramelo, gengibre, laranja e avelã de Piemonte, entre outras.
A pedido dos clientes, Bettina desenvolveu também algumas receitas com chocolate branco, a que se juntam bombons, brownies e salame de chocolate com avelãs, que muitos encomendam inteiro (a maioria dos produtos é vendida a peso e adaptável às necessidades dos clientes). Em pé de igualdade surge ainda o café (blend de arábicas do Brasil e Indonésia com robusta da Índia), servido em expresso, entre outras formas de extração. É torrado diariamente na loja e pode-se comprar a peso.
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