A Brasileira do Chiado: os novos pratos e o clássico bife do café centenário

(Fotografia: DR)
Prestes a celebrar 120 anos, a Brasileira do Chiado é um dos mais antigos cafés da capital no ativo. Na casa que acolheu tertúlias e visitas habituais de Fernando Pessoa, há pratos recentes e clássicos à mesa; pastelaria variada e petiscos ao longo do dia.

J inA estátua em bronze, situada na esplanada e criada por ocasião do centenário do nascimento de Fernando Pessoa, em 1988, perpetua a preferência e a frequência habitual do poeta por este que é um dos cafés mais antigos da capital. De tal forma que ainda hoje se faz o bife com molho à café que o mesmo ali pedia.

Mas por estes dias, há reforços recentes para provar na carta d’A Brasileira do Chiado, prestes a soprar 120 velas. A oferta é eclética em sabor, do litoral ao interior, do mar à serra e à horta, ou não fosse esta uma ponte de passagem de visitantes de todas as partes do mundo. “É uma viagem pelo nosso país, pela diversidade da nossa gastronomia, com um toque mais internacional”, explica Nuno Carreira, chef natural de Abrantes, que assume as rédeas da cozinha deste espaço centenário, antigo local de frequentes tertúlias de escritores e artistas.

O arroz de tamboril com gambas e amêijoas. (Fotografias: DR)

À refeição, aposta-se em pratos como o polvo vicentino, inspirado na versão à lagareiro mas com batata-doce de Aljezur; no arroz de tamboril com gambas e amêijoas; no risoto de abóbora com requeijão da Serra; na coxa de pato confitada com risoto e espargos; ou nas bochechas de porco preto estufadas em vinho tinto, com polenta e Queijo da Ilha. O tiramisu e o leite creme queimado na hora são opções para o final. Lá para abril/maio, já estão planeadas novas entradas: peixe e legumes na grelha; magret de pato com puré de ervilhas, aipo, hortelã e pera grelhada e lombinhos de porco com acelgas e redução de amoras e vinho tinto.

A coxa de pato com espargos e risoto.

A qualquer hora do dia, há petiscos para trincar, como as sandes de salmão fumado e de presunto serrano, croquetes de vitela e porco, mas também folhados variados. Na doçaria, os pastéis de nata saltam da vitrine a ritmo constante – num dia concorrido, chegam a vender-se 600 unidades -, mas também há pavlovas, croissants brioche e de massa folhada, pão de ló à moda de Alfeizerão e bolos à fatia, entre outros. Mas não só, a rabanada, que já é “um clássico desta casa”, explica Nuno, serve-se o ano todo, acompanhada de creme de Queijo da Serra.

O arroz doce da casa, em homenagem a Pessoa.

O café histórico soma quase 120 anos.

A Brasileira do Chiado. Rua Garrett, 122, Lisboa. Tel.: 213469541. Web: abrasileira.pt. Das 8h às 24h, todos os dias. Preço: menus de almoço a 30 euros (sopa ou sobremesa e prato principal); pastelaria desde 2,20 euros.




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