A caminho de Odemira, pelas águas do Mira

Vila de Odemira
Bem-vindo a bordo! Os tons de azul e verde do rio Mira são o ponto de partida para descobrir o território de Odemira. Lés a lés, está convidado a conhecer em segurança o maior concelho do país com tanto para viver e muito mais para visitar.

Pelo fresquinho da manhã, arrancamos em direção ao rio mais bem preservado da Europa. Em pleno Alentejo singular, o silêncio impera e só o som das águas que correm de sul para norte ecoa pelos seus numerosos afluentes. Lá está o famoso rio Mira que atravessa todo o concelho de Odemira. O nascer do sol reflete-se nos tons de azul e verde que alimentam a albufeira de Santa Clara, conferem agradáveis zonas ribeirinhas à aldeia de Santa Clara-a-Velha e à Vila de Odemira e, por fim, desaguam junto ao nosso ponto de partida: Vila Nova de Milfontes.

É o polo turístico da região, um verdadeiro postal, que nos recebe com uma paisagem de cortar a respiração. Que encanto! Chamam-lhe a eterna princesa do Mira porque Vila Nova de Milfontes deve a sua história ao rio. Aliás, a foz do Mira e as suas populações conheceram tempos antigos de muita agitação. Antes da despedida, não deixe de visitar o núcleo antigo da vila com um interessante conjunto arquitetónico de ruas e ruelas, a Praça da Barbacã, o Cais da Fateixa, o passadiço do rio e a avenida ao longo da praia até ao Farol.

Embarcamos? Com tempo e sem pressas, subimos a bordo de um pequeno barco para um passeio ao longo do rio Mira — o chamado “rio natureza”. A caminho de um almoço na vila de Odemira, só a navegação é uma experiência única, repleta de verde intenso e emoções fortes. A própria zona ribeirinha constitui um habitat natural onde se encontra uma grande variedade de fauna e flora. Inclusive, a única população portuguesa de lontra. Já a foz é uma importante zona de maternidade de várias espécies de peixes e de paragem para aves migratórias.

Tão variada quanto a paisagem é a gastronomia. Diretamente do mar, sente-se à mesa para provar os sabores do “melhor polvo do mundo”, sargo, robalo, feijoada de chocos, búzio, arroz de marisco, percebes, lagosta, navalheira, ouriços ou sapateira. Do interior, experimente os sabores da carne, da feijoada e do cozido de grão, mas também dos enchidos, queijos, pão, mel, vinho e da incontornável aguardente de medronho. Difícil será escolher ou encolher a barriga para entrar no posto de turismo, ao lado do rio, e seguir as recomendações para visitar Odemira a pé.

Um breve passeio na sede de concelho revela a brancura das casas e os jardins floridos. Vá até à Fonte da Bica da Rola e ao chafariz do Alto de São Sebastião. Deixe-se perder nas ruas da vila, nas suas igrejas e suba até ao Bairro do Castelo, com a Biblioteca Municipal José Saramago e o Jardim do Cerro do Peguinho, onde tem uma perspetiva geral da vila e do Mira. Daqui percebe-se a importância do rio para a vila que, ainda hoje, é procurado para a prática de canoagem, stand up padlle e belos passeios de barco que tanto tranquilizam a mente e a alma.

Pela sua extensão, Odemira é um destino de excelência para outras atividades entre o literal e o interior. O território reúne condições privilegiadas para o turismo ativo e de natureza, com especial incidência no BTT, canoagem e pedestrianismo, mas também para a observação de aves, passeios a cavalo e desportos de mar como mergulho, surf e bodyboard. Todo o vale do rio entre Odemira e a sua foz está integrado na área do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Motivos suficientes para mergulhar no Mira, um dos menos poluídos da Europa.

A costa é igualmente uma referência na Rota Vicentina, que oferece em Odemira o trilho dos pescadores e o caminho histórico. Um percurso inesquecível, para fazer com tempo e disponibilidade para a paisagem e para a natureza. Trouxe calçado confortável? Aventure-se pelos diversos percursos circulares no território, com grau de dificuldade baixo. Ou, se preferir, explore a tradição do artesanato e do cante ao baldão acompanhado pela viola campaniça. Aqui, as técnicas ancestrais mantêm-se orgulhosamente vivas de geração em geração. E ainda bem.

Numa ode ao Mira, a viagem só termina na imensidão do espelho de água de Santa Clara. A barragem alimentada pelo rio, que já foi a maior barragem portuguesa, oferece diversas atividades e uma praia fluvial com Bandeira Azul. Fique-se pelos mergulhos nas calmas águas ou faça-se à estrada para descobrir a Ponte D. Maria, perto da aldeia de Santa Clara-a-Velha. À descoberta do património, consulte a app “Descubra Portugal” onde pode consultar todas as curiosidades históricas e locais à distância de um clique.

Ao fresco da sombra da Fonte do Azinhal, é agora convidado a descansar e a recuperar energia nos parques de merendas. Na aldeia, antes de dizer adeus a Odemira, visite a Igreja de Santa Clara de Assis e percorra as ruas de casario alentejanas bem típicas. Esta é prova viva da diversidade natural e riqueza cultural que existe neste território único, entre a serra e a planície, o mar e as praias. Com tanto para viver e muito mais para visitar, ao Mira será obrigatório regressar.

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