O bar Monkey Mash, em Lisboa, tem novos cocktails (e petiscos) para provar

O interior do bar Monckey Mash. (Fotografia: DR)
Reaberto no desconfinamento, o Monkey Mash, na Praça da Alegria, aposta agora numa ligação mais forte entre cocktails e petiscos, comprovando que é possível os bares reinventarem-se em tempo de pandemia.

Eleito um dos 10 melhores novos bares da Europa na última edição dos Tales of the Cocktail Spirited Awards e um dos melhores bares de cocktails de Portugal e Espanha no Top Cocktail Bar 2021 (apesar de só existir há dois anos, um deles vivido em pandemia), o Monkey Mash reabriu sob o signo da cor e da alegria, com novos cocktails e uma série de petiscos para os acompanhar. Os sócios e bartenders Paulo Gomes e Emanuel Minez apontam para um futuro risonho, provando que é possível aos bares reinventarem-se com muita resiliência e criatividade.

As cores e símbolos tribais do novo mural pintado pelo artista Filipe Carvalho numa parede inspiram o ambiente “descontraído”, “jovem” e “de festa” que os responsáveis querem transmitir, ao ritmo de boa música. É este cenário que enquadra a carta Local Micro System Vol.1, reduzida com a saída de oito cocktails e a entrada de outros quatro. Com ela, os bartenders aprofundaram ainda mais a ligação aos produtos portugueses, como a bolota alentejana, o chá e o ananás dos Açores e a banana da Madeira.

Esta última é o sabor protagonista do cocktail “Whey… Bananas”, criado à base de banana, alfarroba, orange pekoe, aquafaba, ketel one “swithing” banana e Justino’s doce. Segundo descreve a carta, muito completa e explicativa, é “curto, amadeirado e aveludado”. Outra das novidades dá pelo nome “Happiness is a Butterfly” e bebe-se com sabor a morango conjugado com lavanda, brioche tostado, natas azedas, rum e late harvest. É “curto, frutado/floral e fresco”.

A carta mudou parcialmente, mas no laboratório e na cozinha a dupla de bartenders manteve a noção de sustentabilidade, o que permite reduzir o desperdício tanto da bebida como da comida. “O nosso objetivo é maximizar o produto. Aproveitamos as cascas dos frutos e os caroços”, entre outros, explica Paulo Gomes. Para isso, fazem fermentados, xaropes e envelhecimentos, tal como acontece no premiado bar Red Frog, que mantêm.

No Monkey Mash, os cocktails conjugam-se ainda com boa gastronomia, algo que já estava pensado desde o início e a pandemia acelerou. A carta foi pensada à medida da fruição descontraída do espaço e é inspirada nos sabores asiáticos, mexicanos e do Médio Oriente, que claramente incentivam à partilha. Há, por exemplo, hummus com falafel, guacamole com totopos e pico de galo, quesadilla de cogumelos ostra feitos a partir de borras de café e tacos de peixe em tempura e de secretos de porco preto.

Apesar do ambiente de descontração, aqui não há margem para excessos: o tempo de permanência foi dividido por turnos de duas horas e foram colocadas barreiras de acrílico entre mesas e no balcão. O Monkey Mash, porém, não está sozinho no espaço onde anteriormente funcionou o Fontória, na Avenida da Liberdade: para descobrir o seu “irmão mais velho” é preciso estar atento aos detalhes que se escondem por trás da tropicalidade do espaço.

 

Monkey Mash Combo
A carta tem um combinado que junta uma entrada e três tacos (de peito de frango, secretos de porco preto, filete de peixe em tempura e outro vegetariano) por 10 euros.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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