O casal Gabriela Johann e Gustavo Schmidt veio do sul do Brasil “à procura de uma vida melhor”. Ele, para uma pós-graduação na área da tecnologia. Ela, cozinheira desde os 17, com o sonho de “um negócio pequenino”. Chegaram em 2021 e aperceberam-se que não existiam muitos bares de vinhos naturais. Durante a pandemia, lá no Brasil, começaram a experimentar estes vinhos e ganharam-lhe o gosto. Deste lado do Atlântico, viajaram por vários países e descobriram “bares lindos de vinhos naturais”, de Palma de Maiorca a Berlim.
No Porto, começaram a comprar vinhos na Cave Bombarda. Aí, foram conhecendo produtores e Gabriela acabou por fazer uma vindima na Menina d’Uva, da produtora Aline Domingues, em Trás-os-Montes. “Quando voltei de lá, começámos a procurar um lugar onde pudéssemos servir vinhos e comida”, conta Gabriela. “Quando nos envolvemos com vinho natural, foi um caminho sem volta”, admite Gustavo. A comunidade é relativamente pequena, sendo fácil conhecer os produtores, processos de trabalho e os donos de outros bares do género. “Aqui não há competição, há muita troca e entreajuda.”
Gabriela acredita que até pelos fatores ambientais “faz muito mais sentido beber um vinho que respeita o terroir, que valoriza quem planta e quem faz, que é produzido de forma sustentável. A maioria dos projetos de vinhos naturais apoia e fortalece a comunidade”. Gustavo acrescenta o sabor: “O vinho natural é uma bebida viva, abre mais os paladares, fala connosco sobre a fermentação, sobre as leveduras do local. Traduz o que é aquela uva, aquele produtor, aquele local, aquele ano”.
Desde o início, pensaram num espaço de partilha, com boa comida e vinhos acessíveis, “que desse para estar à vontade, para falar alto”. Há sempre entre 40 a 50 referências disponíveis, principalmente portuguesas, mas também de Itália, Espanha, França, Chile e Geórgia, entre outros. A copo, há todas as semanas quatro vinhos, que vão mudando.
O Genuíno orgulha-se de ser um projeto íntimo e familiar. “Quem trabalha no bar com o Gustavo é o meu irmão Guilherme e na cozinha está a Thialy, que trabalhou comigo em várias cozinhas no Brasil”, diz Gabriela. O que sai de lá são petiscos criativos – diferentes todas as semanas – que ora fazem referência ao Brasil, ora à Europa ou Ásia, não esquecendo Portugal.
Petiscos de sucesso
A comida é inspirada nos sabores do Mundo. Mesmo mudando com frequência a carta, há petiscos que já se tornaram num sucesso, como os scotch eggs de bacalhau.
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