Abriu um novo bar com alma de poeta em Lisboa

No Heterónimo Baar, o novo espaço da vida noturna de Marvila, bebem-se cocktails de autor feitos por Sandro Pimenta e Miguel Tojal num balcão da antiga taberna dos Armazéns Abel Pereira da Fonseca.

O balcão da antiga taberna dos armazéns é hoje um palco privilegiado para Sandro Pimenta enquanto prepara, entre muitos outros, o cocktail Flight 1862 (com bacardi, açúcar, lima, redução de vinho do porto com vermouth e clara de ovo), inspirado nos seus dois favoritos, o daiquiri e o rum Manhattan. É assim desde que o Heternónimo Baar abriu ao lado do Refeitório Senhor Abel (a nova pizaria do chef Chakall), em Marvila.

Foi com aquele cocktail que Sandro Pimenta venceu a eliminatória regional da 9.ª edição da competição Bacardi Legacy, em que representou Portugal ao lado de concorrentes de 16 países, este ano. Daí que o Flight 1862 não pudesse faltar na carta de bar, que terá 10 cocktails de autor. A inspiração, essa, será portuguesa e levada pelas linhas poéticas de Fernando Pessoa que se iluminam num livro gigante no teto.

O cocktail Café da Manhã, feito com aguardente portuguesa, açúcar, limão e servido num copo de galão é um bom exemplo, a lembrar uma das rotinas de Fernando Pessoa. Outro pormenor português: o vinho servido a partir de barricas. Tudo foi pensado para ser genuíno e descontraído no Heterónimo Bar. «Queremos muito mudar a ideia de beber cocktails apenas antes ou depois do jantar, queremos ter muitos cockails que possam acompanhar o jantar, daí estarmos em testes ainda», adianta o bartender.

O plural inclui Miguel Tojal, responsável da empresa de catering, formação e consultoria de bar Ás de Copos e autor do projeto criativo tanto do Heterónimo Baar como do Refeitório Senhor Abel. Sandro Pimenta e Miguel Tojal já trabalhavam juntos, somando experiências profissionais ligadas à hotelaria, então o convite para contribuir para este projeto foi natural.

Ao virar a página (que é como quem diz entrando na porta ao lado), os clientes encontram o Refeitório Senhor Abel, onde Chakall e Roberto Mezzapele tiram pizas de fácil digestão do forno a todas as horas. Aí, o livro transforma-se em folhas que ornamentam uma enorme árvore a ocupar toda a sala. Um símbolo da nova vida que Marvila está a viver.

 

 

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