Dez licores para saborear já ou oferecer no Natal

(Fotografia: Paul Einerhand/Unsplash)
Uma sugestão de dez criações nacionais para saborear ou oferecer no Natal... e ter sempre à mão de provar.

O tempo e o modo fizeram com o consumo de licores diminuísse para um infinitésimo dos hábitos de outrora. Talvez a explicação para este fenómeno venha da preferência pelas novas bebidas, como o gin, vodka e quejandos, mas certo é que deixámos de beber licores. Hábito que felizmente podemos retomar de imediato, há muito por onde escolher e para todos os gostos. Ligeiramente refrigerados, no final de uma refeição são bem o conforto de que precisamos e merecemos. Boas provas!

Licor Beirão (22%) | J. Carranca Redondo (70CL)

Estamos perante um dos casos em que a marca transcende a raiz e o desempenho. Certo é que na mais recôndita aldeia portuguesa está esta bebida em exposição, rodando – leia-se consumindo-se – com muita energia e avidez. É uma das mais geniais bebidas criadas em todo o mundo e na sua essência é vegana. O grande segredo está na escolha dos aromáticos utilizados. Preço: 11 euros

Licor de pêra rocha (18%) | Licofrutos (50CL)
Vem do Bombarral esta histórica maravilha, aqui declinada em licor da fruta que todos adoramos. Na prova é impressionante a sugestão de granularidade identitária do fruto, assim como a contenção nas notas doces, o que o promove junto de queijos frescos e sobremesas cremosas à base de leite. Além da glória que é inclui-lo na produção de bolos e recheios. Preço: 12 euros

Brandymel (27%) | Meiral (70CL)
Tem na base uma belíssima aguardente de medronho e segue uma técnica de produção mantida no segredo, apenas sendo conhecida a génese algarvia, onde medronho e mel atingem a excelência conjunta. O toque cítrico que se sente no palato definem a vocação digestiva de refeições mais pesadas, ao mesmo tempo que denunciam a sua eterna juventude. Preço: 13 euros

Licor de medronho (20%) | Silvapa (50CL)
Produzido na Madeirã (Oleiros), com particular pronunciação das notas balsâmicas que têm feito a fama do fruto através de todo o território nacional. Tem obviamente aguardente de medronho na sua composição, e uma expressão aromática e de sabor sem igual. A ligação na calda forte de um pudim tradicional de ovos vai surpreender certamente. Preço: 17,5 euros

Licor de tangerina (24%) | Casa de Encosturas (50CL)
A tangerina é o fruto português que mais se distingue na família dos citrinos, e é único no mundo. Tem por isso não só procura notável como também tem merecido o investimento de novas plantações, unicamente com o fim de produção de um destilado único. Celestial ingrediente na produção doceira, é belíssimo também na síntese de molhos e temperos. Preço: 22 euros

Singeverga (30%) | Mosteiro de Ingeverga (5oCL)
Ligação umbilical ao mosteiro beneditino de Singeverga, em produção desde 1935 segundo receita absolutamente secreta. É produzido por destilação e maceração individual de mais de uma dúzia de especiarias e ervas aromáticas, resultando numa bebida consensual e ao mesmo tempo incomparável. É um dos mais fortes licores nacionais e pede doçaria conventual. Preço: 25 euros

Licor de figo seco (17%) | Segredos da Tradição (35CL)
Vem do Algarve esta pequena grande maravilha premiada em diversos concursos de licores e o que o distingue enquanto bebida é o seu poder saciante sem prejuízo do sabor. Harmoniza maravilhosamente com chocolate de leite e pralinés do tipo Ferrero Rocher. O queijo de figo que se faz abundantemente nos lares algarvios é outra grande ligação. Preço: 15 euros

Vila das Rainhas Licor de Ginja (20%) | Frutóbidos (70CL)
Há que não confundir com a bebida a que vulgarmente se chama ginjinha, na qual entram frequentes vezes xaropes industriais e açúcares diversos. Quando se fala de licor de ginja isso quer dizer acima de tudo que a bebida é construída apenas em torno da fruta. Marina Brás é a feliz proprietária da Vila das Rainhas e é a principal compradora de ginja dos ginjais da proximidade de Óbidos. Preço: 15 euros

Arrabidine branco (33%) | Lima Fortuna (50CL)
A carreira brilhante deste licor único e inconfundível nasce na serra da Arrábida 1834. Em 1950 Emídio Fortuna adquire a totalidade do espólio fabuloso, incluindo não só as últimas garrafas que havia como a fórmula original, bem como os toneis de carvalho amazónia que continham o precioso néctar. Os netos souberam preservar o património, delicioso com queijo de Azeitão. Preço: 39 euros

Licor de café (15%) | Celeiro da Terra (50CL)
Produzido nos Açores em regime de cooperativa, é um licor que harmoniza bem tanto com a doçaria regional como com pratos especiados fortes, produzidos segundo o receituário tradicional. Pelo seu brilhante grupo de amargos, liga bem com gelados e mousses de vários frutos, tal como o bavarois de tâmaras e nozes, ou o “simples” chocolate negro. Preço: 13 euros




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