5 vinhos que representam o ouro do litoral minhoto

É nos terroirs mais próximos do mar que a casta loureiro melhor se exprime, em complexidade e profundidade. A sub-região do Lima é o seu palco de excelência.

Eminentemente cítrica nos vinhos estremes da casta enquanto novos, consegue desde cedo apresentar grande elegância e delicadeza, seduzindo logo na primeira prova. Impressiona provar da cuba logo que fica pronto, pelo quanto cheira a limão e a toranja. Essas notas permanecem características do vinho ao longo dos muitos anos que os bons exemplares vão viver.

Consoante o estilo e trabalho enológico por que o produtor optar, aparecem eventualmente logo nos primeiros tempos notas de pétala de rosa muito finas. Já na garrafa, desenvolve notas meladas inesquecíveis que se incrustam no palato e na memória. Quando o ano permite, por não chover, no período pós-vindima, os colheitas tardias da casta ombreiam com as mais célebres denominações de origem dos vinhos com botrytis cinerea, a chamada podridão nobre, e ascendem ao patamar superior dos vinhos doces naturais do mundo inteiro.

O que estamos a dizer sobre o comportamento aromático da casta pode levar-nos a pensar que na boca serão frágeis e delicados, mas de facto o que encontramos é corpo, estrutura e persistência invulgares. É por isso que os loureiros do Lima atingem o zénite apenas passados quatro ou cinco anos de estágio em garrafa. A estratégia correta é guardá-los na garrafeira – se conseguir – e aguardar. Vai ver que tem ouro em casa. Boas provas!

 

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