Rota do Chá | Porto
Volta ao mundo de sabores
É uma das casas de chá mais conhecidas da cidade. Um clássico com quase duas décadas de portas abertas, e que deve a fama, em parte, às mais de 200 variedades que até há bem pouco tempo preenchiam a sua longa carta de chás. Cada qual vinha acompanhado com uma descrição detalhada da história, origem e processo de produção.
Mas há poucos dias essa icónica carta deu lugar a uma nova lista, mais simplificada, dividida agora por países de origem e com pouco mais de 60 chás e infusões, que chegam ali de todo o Mundo. China e Japão são os produtores mais representados, claro, mas também há espaço para variedades da Índia, Turquia, Marrocos, China, Japão e até mesmo dos Açores.
Ainda assim, os apreciadores mais curiosos podem ficar descansados, que a antiga carta continua a existir – assim como as duas centenas de chás – e pode ser consultada por quem quiser aprender mais sobre cada uma das bebidas antes de fazer a sua escolha.
As misturas com frutos vermelhos, ou ainda as infusões de rooibos são algumas das variedades mais populares, mas há também outra bebida que se tem vindo a destacar, principalmente entre os turistas: o chá preto com aroma e sabor a vinho do Porto.
Numa ou noutra lista haverá sempre razões de sobra para voltar e provar mais uma das infusões, bem instalado na poltrona no primeiro piso, a olhar a cidade pela janela, ou na salinha de estilo oriental e a média luz do rés-do-chão. Em boa verdade, até o jardim nas traseiras convida a aquecer um final de tarde de outono com uma calorosa e aromática chávena de chá.
(Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)
Bolo de chocolate
Um dos bolos favoritos da casa é o de chocolate, bem húmido, como se quer, e com uma gulosa cobertura de leite condensado.
Loja de chá
À entrada do edifício está instalada a loja, onde se encontram todas as variedades de chá à venda, e ainda os acessórios necessários para o preparar, como bules, chávenas e infusores.
CHÁ CLUBE | PORTO
Um clube quase britânico
A comemorar este ano o seu 31º aniversário, o Chá Clube é uma das mais – se não a mais – antiga casa de chá do Porto. A mãe das atuais responsáveis Filipa e Andreia Guimarães abriu o espaço em 1988 que se mantém igual até aos dias de hoje, com a mesma ambiência britânica, conseguida graças à madeira de mogno que cobre o teto, as paredes e piso, às mesas cobertas com toalhas de linho cor-de-rosa e ao serviço de chá de porcelana inglesa.
O que também não mudou foi o cuidado na preparação do chá.
À temperatura certa, a água quente infunde-se com o chá Caraíbas, preto aromatizado com frutos exóticos, com o Príncipe Encantado, chá rooibos com baunilha, ou com o açoriano chá verde da Gorreana. Estes são alguns dos preferidos mas há mais, como a seleção de chás pretos, verdes, rooibos, um chá branco, chai e infusões de erva-príncipe ou limonete.
Os scones são o «ex-líbris» da casa para acompanhar as bebidas quentes, segundo as irmãs, que sugerem também os pães de leite com fiambre e queijo, os bolos caseiros, as tostas mistas com pão de forma especial e os brioches, que devido à sua confeção demorada têm de ser encomendados com alguma antecedência. Porque tudo o que é bom leva o seu tempo.
(Fotografia: Artur Machado/Global Imagens)
Almoço
No Chá Clube são servidos almoços, de segunda a sexta. O menu inclui sopa, prato de carne ou peixe, bebida e café, e vale 8,50 euros.
Scones
São caseiros, de tamanho generoso e servidos com manteiga e compotas. Para alguns, são os melhores scones da cidade.
BUUH! E ETC. | PORTO
Jogos, revistas e música
Cerca de 25 referências da Palais des Thés servem-se na cafetaria BUuh! E Etc, na Praça da República, desde 2013. Chá branco da China, Thé du Hammam, um chá verde que evoca as fragrâncias usadas para perfumar os banhos hammam, Chaï Impérial (chá preto com especiarias), chá preto dos Himalaias e Le Thé des Songes Blanc, que junta chá branco, flores e frutos vermelhos são algumas das criações da casa parisiense que confortam a alma, ao som de um vinil ou na companhia de uma revista ou de um jornal.
Se a visita for feita com mais alguém, e houver tempo e vontade, há damas e xadrez para entreter. Todos estes mimos fazem da BUuh um lugar para se visitar com calma e desfrutar do ambiente tranquilo, seja no interior pautado por peças de mobiliário vintage ou no jardim de inverno ao fundo do espaço.
Da montra espreitam salgadinhos, como rissóis e empadas, e no móvel à entrada estão, todos os dias, no mínimo, cinco bolos diferentes – qual desfile de gulodices. São sempre frescos, feitos por Ivone Lopes que, ao lado do marido, Alberto Fernandes, guia o destino do projeto pensado pelo filho Ricardo, investigador e cientista, a viver nos Estados Unidos da América.
(Fotografia: Artur Machado/Global Imagens)
Bolos caseiros
Alberto Fernandes não destaca um, mas sim três bolos. O bolo de chocolate, o de maçã e o de cenoura são os que recolhem mais adeptos, mas há outros a experimentar, como o de limão ou o de amêndoa.
Para ler
Na BUuh!, além de jornais e revistas portugueses, há sempre as últimas edições das revistas “Monocle” e “The New Yorker”.
