Passear pela rua do Chiado que nasceu de um convento

Lojas de design, restaurantes de cozinha portuguesa, um teatro cheio de vida e património secular recuperado. Tudo isto justifica uma passagem demorada pela Rua Nova da Trindade, no Chiado.

É atribulada a história do Convento da Santíssima Trindade dos Frades Trinos da Redenção dos Cativos, concluído em 1325. No início do século XVIII foi destruído por um incêndio, e em 1755 pelo terramoto que sacudiu Lisboa. A construção arrastou-se durante décadas, com a fachada principal virada para sul, uma portaria para o lado norte do Largo da Trindade e a nova igreja do convento localizada no prédio onde funcionou a Livraria Barateira. Em 1756, um novo incêndio lavrou no convento, sinal de que a sua extinção estaria próxima – chegou em 1834, aquando do fim das ordens religiosas em Portugal. A Rua Nova da Trindade só nasceu no mapa da cidade um ano depois, à custa da destruição de mais uma parcela do edifício.

Decretada por sucessivos editais emitidos pelo Governo Civil de Lisboa entre 1859 e 1863, a Rua Nova da Trindade resultou, em grande medida, da aglutinação de outras ruas e travessas comunicantes e hoje é uma artéria comercial única, de sentido ascendente a partir do Largo do Chiado e em direção ao Largo Trindade Coelho. Com o metro e tuk-tuk à porta, montras coloridas e esplanadas a convidar a refeições mais demoradas, sobretudo a partir do Largo Raphael Bordallo Pinheiro, é uma rua que continua a ter histórias por descobrir – inclusive as do convento, que ainda lá está.

 

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