Terminou mais uma edição do festival de verão da Zambujeira do Mar, mas vale a pena explorar o que de melhor tem o sudoeste para oferecer. Praias, canoagem no rio Mira, surf e boa comida alentejana são apenas alguns dos segredos da região.
Veja na fotogaleria sítios a não perder no sudoeste alentejano
1. Praia do Carocho
A porta de entrada a pé é pela praia das Furnas e tem preceito: convém percorrer o trilho quando a maré estiver baixa e não se esquecer de voltar nas mesmas circunstâncias. De carro, também é possível lá chegar, através de uma estrada de terra batida – para oeste da EN393 em direção ao mar –, mas o veículo terá de ficar perto da duna. Depois é preciso descer até ao areal. Por ali há enseadas e pequeninas baías delimitadas pelas formações rochosas. Quando a maré está vazia, torna-se mais fácil ver pequenos peixes e até polvos.
GPS: 37.7091, -8.7902
(Gonçalo Villaverde/GI)
2. Praia do Brejo Largo
Terra batida, terrenos agrícolas, indicações de percursos, escadas escavadas na rocha, cordas a servir de corrimão. Parece um survival trek (tradução: percurso de sobrevivência), certo? Sim. É desta forma que se chega a um dos segredos mais bem guardados da Costa Vicentina. Tem três quilómetros de extensão e fica escondida entre dunas e arribas, posicionada bem longe dos olhares alheios. O início do percurso fica à saída da aldeia da Longueira, entre Vila Nova de Milfontes e
Almograve.
GPS: 37.677392, -8.795824
(Gonçalo Villaverde/GI)
3. Pego das Pias
Mais um tesouro por desvendar, um oásis situado no fim de um caminho de terra batida. Para lá chegar, saia de Odemira pela EN120 em direção a São Luís. A cerca de seis quilómetros terá um caminho à sua direita, logo antes de uma pomte. É por aí que deve seguir. Sempre em frente até ao paraíso que não tem areia nem mar, mas outras águas, as da ribeira do Torgal, retidas nas cavidades das rochas. Vale a pena parar, olhar o verde e mergulhar numa das piscinas naturais ali formadas.
GPS: 37.644420, -8.618525
(Paulo Spranger/GI)
4. Surf
Onde há mar e ondas há desporto e vontade de arriscar em cima de uma prancha. «Temos a escola há dez anos e, apesar de 99% dos nossos clientes serem estrangeiros, sentimos que os portugueses estão cada vez mais a olhar para a água salgada», afirma David Rosa, dono da Odeceixe Surf School. Uma hora e meia de aulas fica a 35 euros, incluindo material. Também se aluga material (uma hora, 10 euros;o dia todo fica a 25) de surf e de bodyboard. Na surfmilfontes há aulas de 2h30 (40 euros), nas praias das Furnas e do Malhão.
Odeceixe Surf School. Rua das Amoreiras, 31, Odeceixe (Aljezur). Tel.: 918170871. Web: odeceixesurfschool.com.
Surfmilfontes. Rua Custódio Brás Pacheco, 38A, Vila Nova de Milfontes (Odemira). Tel.: 914732652/969483334. Web: surfmilfontes.com
(Henrique Cunha/GI)
5. Andar a pé pela Rota Vicentina
Entre caminhos rurais e percursos costeiros, há cerca de 350 quilómetros de trilhos sinalizados que podem ser feitos a pé, e que estão divididos por rotas de pescadores, históricos ou circulares. De Almograve a Zambujeira do Mar, ou daí a Odeceixe, passa-se por dunas, portos, arribas e vistas de cortar a respiração. Os caminhos históricos mais próximos da zona do festival são os de Odemira a São Teotónio ou daqui a Odeceixe, onde podem ser apreciados monumentos e paisagens rurais. Há várias empresas a acompanhar estes percursos, mas também é possível fazê-los por conta própria.
Web: rotavicentina.com
(Paulo Spranger/GI)
6. Canoagem rio acima
Subir o rio Mira de canoa depende das marés, pelo que a hora (e o local de «embarque») muda consoante o dia. Há vários programas; o mais simples (15 euros por adulto) tem saídas às 16h00 de 1 de agosto e às 17h00 no dia seguinte. A 7, 8 e 9, a partida é às 09h00, 10h00 e 11h30, respetivamente. Este é o horário definido pela dona da empresa Ecotrails, Anke Ruschhaupt.
Ecotrails. São Luís (Odemira). Tel.: 967155383
Web: ecotrails.info
(Manuel Correia/GI)
7. Monte do Zambujeiro
Fica em Vila Nova de Milfontes mas em vez do mar é a vista sobre o campo e o estuário do Mira que dominam a paisagem. O Monte do Zambujeiro, inaugurado em 2008, nasceu numa propriedade da família de Mónica McGill – um espaço de 70 hectares na margem sul do rio, em pelo Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Quem chega pode escolher entre ficar alojado numa das suites ou em casas de tipologias T1 ou T2. Para ocupar o tempo, há pesca desportiva, passeios a cavalo, massagens, noites de astronomia, passeios de barco, surf e muito mais.
Portas de Transval, Vila Nova de Milfontes (Odemira). Tel.: 283386143
Web: montedozambujeiro.com. Preço: Suite/casa T1 a partir de 150 euros
(Gonçalo Villaverde/GI)
8. Casas do Moinho
Trocar a cidade pelo campo sem abdicar dos confortos da vida moderna: é possível? A resposta está nas Casas do Moinho, o espaço de turismo de aldeia erguido por Arnaldo e Sandra, em Odeceixe. No total, distribuídas em quatro núcleos, existem nove casas a que se juntam mais seis quartos. Propõe-se aos visitantes que mergulhem na serenidade enquanto os miúdos brincam lá fora...
Rua 25 de Abril, 113, Aldeia Nova do Concelho, Odeceixe (Aljezur). Tel.: 282949266. Web: casasdomoinho.com
Preço: Quarto duplo a partir de 120 euros (inclui pequeno-almoço)
(Paulo Spranger/GI)
9. Restaurante da Praia
Há restaurantes cujo espaço parece ser um sinónimo exato dos dias de verão perfeitos. É o caso deste sítio, caprichosamente erguido sobre a praia da Arrifana, onde a vista só encontra adversário à altura quando começam a chegar à mesa as especialidades da casa. Percebes, polvo suado com batata-doce, feijoada de choco ou o peixe fresco na grelha são apostas sempre seguras, havendo opções para quem prefere a carne ou a simplicidade de uma salada. Vale a pena acrescentar que o restaurante dispõe de serviço de take-away.
Praia da Arrifana (Aljezur). Tel.: 282998527/917936795. Web.: restaurantepraiaarrifana.com
Não encerra. Preço médio: 20 euros
(Paulo Spranger/GI)
10. Trinca-Espinhas
O nome não engana: é mesmo para os apreciadores de peixe. Não é que não haja oferta para os mais carnívoros – que a há e boa –, mas a aposta recai sobre o que vem do mar, dos grelhados aos arrozes e massas gulosos, bem como uma cataplana que já ganhou fama. A isto some-se a vista para o Atlântico. Se ainda sobrar espaço, sublinhe-se que as sobremesas valem as calorias.
Praia de São Torpes (Sines). Tel.: 269636379. Facebook: Trinca Espinhas Sines. Segunda a quarta, só almoço. Encerra
à quinta. Preço médio: 25 euros
11. Barca Tranquitanas
Não é difícil imaginar como seria a Barca Tranquitanas há mais de 30 anos, quando o pai de Arménio Silva, o atual proprietário, ali fundou uma casa de pasto onde os pescadores se juntavam a comer caldeirada de peixe acabado de tirar ao mar. Para o presente, Arménio trouxe o mesmo espírito descontraído, traduzido no edifício com telhados de cana e as mesas de bancos corridos. E, sobretudo, no mesmo sabor a peixe e marisco frescos, com a caldeirada à pescador a aparecer como especialidade no menu onde pontuam os filetes de peixe pampo, o choco à Barca e muita coisa boa para picar entre refeições, em ambiente feel good.
Entrada da Barca, Zambujeira do Mar
(Odemira). Tel.: 283961186.Encerra à quinta. Segunda a quarta, só
almoço. Preço médio: 20 euros
(Paulo Spranger/GI)
12. Tasca do Celso
Não há guia da Costa Vicentina que o deixe de fora e as razões não podiam ser mais simples. Cozinha fresca, genuína, com ex-líbris como a massa de cherne, a açorda de gambas, os petiscos que num instante podem fazer-se refeição, o peixe apanhado ali perto e os doces, como a incontornável sericaia ou o mítico arroz-doce, são tudo o que se pode querer e que a Tasca do Celso tem para oferecer. Isto num ambiente descontraído mas sofisticado, já que de tasca (ou de Celso, pai de José Cardoso, o atual proprietário que herdou a alcunha) o restaurante só tem mesmo o nome.
Rua dos Aviadores, Vila Nova de Milfontes (Odemira)
Tel.: 283996753/968175726
Facebook: facebook.com/tascadocelso
Das 12h00 às 15h00. Encerra à segunda (exceto
no verão)
Preço médio: 30 euros
