A arte está nas ruas de Matosinhos

Mr. Dheo é um dos autores do Mural da Lionesa. (Sara Lopes /Global Imagens)
Na última década, Matosinhos tem-se destacado pela promoção de vários projetos de arte urbana. Alguns dos mais importantes “street artists” da atualidade, tanto nacionais como estrangeiros, já deixaram nas paredes da cidade a sua marca.

O primeiro grande projeto de arte urbana em Matosinhos juntou, em 2014, dezenas de artistas que foram convidados a pensar as várias facetas da cidade e da vida dos seus habitantes. Este mural da Lionesa – o centro empresarial em Leça do Balio – foi um iniciativa do próprio centro, com a Unicer (Super Bock Group) em parceria com a autarquia.

Também a Lionesa esteve envolvida na curadoria de um outro projeto, em 2016, o “Street Art | Up There”, organizado do âmbito do programa Matosinhos Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2016. Daqui nasceram seis intervenções na cidade.
Entre 2015 e 2017, realizou-se o Festival Desenlata – Festival de Arte Independente de Matosinhos, com curadoria do designer matosinhense Filipe Granja. A última edição reuniu 34 artistas que trabalharam a partir da memória da cidade.

No ano passado, foi inaugurado mais um gigantesco mural em Leça do Balio. A Super Bock convidou Vhils e a dupla espanhola PichiAvo a intervencionar a fachada da sua fábrica.

Outros projetos de destaques promovem a arte em contexto escolar, principalmente em paredes de escolas secundárias.

MURAL DA LIONESA

Este projeto da Lionesa em parceria com a Super Bock e a Câmara Municipal de Matosinhos teve a curadoria da artista Catarina Machado e produção do também artista Miguel RAM. A ideia foi entregar o muro de 1400 metro quadrados a 10 artistas ou coletivos, cinco do norte e cinco do sul do país. A ideia era que estes refletissem nas suas obras a cidade de Matosinhos e as suas gentes. Os coletivos Caos e Distopia, Draw, Mr. Dheo, Third, Mar, Mário Belém, Nomen, RAM e Utopia retrataram a vida ligada ao mar, a indústria conserveira e as tradições religiosas.

Rua da Lionesa, Leça do Balio

Obra do grafitter Pariz One, (Pedro Granadeiro/Global Imagens)

UP THERE

Foram seis os artistas portugueses e estrangeiros que participaram neste projeto integrado no âmbito de Matosinhos – Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2016. Daqui, nasceu um percurso de arte urbana que inclui espaços desde o centro da cidade, bairros e a zona industrial.

Hazul Luzah (Pt) – Rua de Damão, 205
Pariz One (Fr), Sunset Wishes – Rua Goa, 11
Mr Dheo (Pt) – Avenida da Liberdade
Arm Collective s/titulo – Rua Ruy Belo, 9 (Bairro da Biquinha)
Katre (Fr) – Rua Conde Alto Mearim, 1396 (Bairro de Carcavelos)
Felipe Pantone (Arg) – Rua da Lionesa 31, Leça do Balio

MURAIS NAS ESCOLAS [ainda não há foto, mas vai haver]

As escolas secundárias Augusto Gomes e a da Boa Nova, a par da Escola Básica Estádio do Mar, receberam projetos de arte urbana e comunitária para pôr os alunos a fazer arte orientados por artistas. Na primeira, a orientação foi de Godmess Youth One e a curadoria dos Idiot Mag. Na da Boa Nova, o mural mostra intervenções de Mr. Dheo em colaboração com Sofles. Na escola do Estádio do Mar, os curadores da foram os artistas Raffi, Paulo Aguiar e André Eiras.

Escola Secundária Augusto Gomes: Rua Augusto Gomes e Rua de Damão, Matosinhos
Escola Secundário da Boa Nova: Avenida Combatentes da Grande Guerra, 425, Leça da Palmeira
EB/JI Estádio do Mar: Rua do Bombeiro Voluntário

MURAL SUPER BOCK

Um dos mais recentes projetos de arte urbana de Matosinhos pode ser visto na fachada da fábrica da Super Bock, em Leça do Balio. O artista Vhils e a dupla PichiAvo conceberam esta obra que abarca 3 mil metros quadrados da fachada do armazém automático do Super Bock Group, o que faz com que seja o maior mural da Europa e o segundo do mundo. Para realizar esta grande empreitada, trabalharam durante 17 dias com a ajuda de 20 artistas. O resultado é uma obra que remete para o património cervejeiro e a mitologia grega.

Via Norte, Leça do Balio




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