Bem central, a dois ou três minutos da igreja matriz, o Calçada do Cais é um restaurante inesperado no panorama da mesa açoriana. É aconselhável que se faça marcação ou que se chegue cedo, sobretudo ao fim de semana, já que é habitual estar cheio e o espaço não é grande.
A decoração é simples, com mesas brancas e um balcão de serviço de madeira. E o atendimento é afável, com uma equipa de sala que transborda simpatia e está pronta a aconselhar quem o solicite.
Carolina Borges é uma das sócias, juntamente com Luís Medeiros e Fernanda Teixeira, e define o seu restaurante como de «comida e produtos regionais com toque internacional». A influência fora de portas é trazida pelo chef Shivany Chawla, indiano de origem e inglês de formação, com influência da cozinha francesa. E é o tempero que mais remete o paladar para os sabores do gigante asiático. Mais adocicados, aqui e ali mais exóticos. A combinação entre os produtos de excelência dos Açores com o cunho da Índia é de realçar pela positiva – um bom casamento, ainda que improvável.
Recomenda-se, desde logo, os camarões picantes. Mas também o pudim preto com ananás e ovo frito. A apresentação merece nota à parte, com empratamentos vistosos e surpreendentes. E esse bom gosto traduz-se também no conteúdo, repare-se no bife do lombo com molho de queijo roquefort e no bacalhau confitado, por exemplo. Ou na galinha grelhada com mel, que marca pela diferença e pela experiência. Na hora da sobremesa não se pode fugir do bolo de ananás. É uma das especialidades da casa e não há quem se arrependa de o pedir.
O Calçada do Cais não desilude. Para os açorianos proporciona um novo olhar para a sua própria cozinha. Para os forasteiros é uma forma de tomar contacto com o excelente produto das ilhas com o toque asiático. Um açoriano oriental, se quisermos.
Calçada do Cais
Rua dos Mercadores, 27
Tel.: 296281052
Web: facebook.com/pg/calcadadocais
Das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 23h00. Encerra ao domingo.
Preço médio: 25 euros
