As 12 novas cafetarias do Porto que é preciso conhecer

Percorra a fotogaleria para conhecer as novas cafetarias da cidade.

(Fotografia de Igor Martins/GI)

Café Rivoli

Chegar, ver a peça e ir embora. Durante muitos anos, este foi o ritual habitual de quem passava pelo Teatro Rivoli. «Muitas vezes as pessoas vinham aos espetáculos e não tinham um espaço de acolhimento. Acabavam por permanecer no foyer», explica Susana Peixoto, que está encarregada da gestão do novo Café Rivoli. O projeto conjunto com a administração do teatro obrigou à remodelação do terceiro piso do edifício, hoje com uma decoração nova que permitiu transformar o local num espaço mais moderno e versátil. A sala, ampla e com pormenores decorativos minimalistas, mas nem por isso menos acolhedores, não está pensada para servir apenas quem ali se desloca para assistir aos espetáculos. Abre-se igualmente a quem procura apenas uma refeição leve, tomar um café ou ler um livro nos sofás – tudo com o bónus da vista sobre a Praça D. João I.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Café Rivoli

À semana, está sempre disponível um prato do dia, inspirado na cozinha internacional – caril de frango, spaghetti puttanesca ou porco desfiado são alguns dos exemplos da oferta – e que, acompanhado de sopa e bebida, se serve pelo preço económico de 6,50 euros. Ao fim de semana, a ementa disponibiliza tábuas de rosbife e carpaccio de polvo. Os produtos são escolhidos a dedo, numa tentativa de «promover os produtores locais», caso do café artesanal da Vernazza, da cerveja de pressão da Sovina e dos chás biológicos da Casa da Penalva. Bons motivos para que os portuenses voltem ao teatro, mesmo que não seja para assistir ao espetáculo.

Os doces, todos caseiros, têm a assinatura de Margarita Pugovka, que ali vende em exclusivo um trio de sobremesas de prova obrigatória: a pavlova de frutos vermelhos, a tarte merengada e o medovik, um bolo russo às camadas com mel e crème fraîche.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Mercador

Ana, Joana e Marco cresceram a poucos metros do local onde, no início do ano, nasceu o Mercador. Foi no café O Caseirinho, escondido na rua mais pequena da cidade, a Afonso Martins Alho, que os três irmãos acompanharam de perto a gestão cuidada e atenta da mãe, que hoje é peça fundamental na cozinha do projeto da família Pinheiro. Decididos a replicar a arte da mãe num espaço mais moderno, adotaram o nome em honra ao próprio Afonso Alho, famoso comerciante do século XIV. O antigo armazém têxtil foi alvo de obras que os irmãos inspecionaram atentamente, evitando que nenhum traço histórico se perdesse. Permaneceram os tetos trabalhados, o comprido armário que guarda os vinhos, chás e bolachas à venda, e os simpáticos vitrais coloridos do escritório que hoje serve de cozinha.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Mercador

As origens transmontanas da família sentem-se na carta. É de lá que vem a maioria da matéria-prima que compõe os pratos mais substanciais e que servem de opções ideais para uma refeição diária, entre cabrito assado no forno e feijoada de marisco. «Queremos ser um espaço cosmopolita mas sem perder a tradição da comida caseira e tradicional», frisa Marco Pinheiro. De manhã à noite, há opções para diferentes tipos de apetite, maioritariamente assentes na pastelaria de fabrico próprio, entre cheesecakes e a especialidade, os pastéis de Tentúgal. Para aproveitar a febre do brunch, marcam presença as receitas de ovos, mexidos, no forno ou Benedict, e os iogurtes com granola e fruta, para fazer felizes os clientes adeptos de comida saudável.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Zenith Brunch & Cocktails Bar

O nome é familiar a um bom número de portuenses. O conceito, esse apresenta-se de forma ligeiramente diferente. Durante os últimos cinco anos, o projeto de Fernando Sá, sob o mesmo nome, habitou o último piso do edifício do hotel Ipanema Park, com espírito de bar, mais focado nos cocktails. Terminada a concessão do espaço, foi preciso encontrar uma alternativa para que a marca não chegasse ao fim. Foi na Praça de Carlos Alberto que o Zenith, agora virado para a moda do brunch, ganhou uma nova vida e um ambiente, assente na decoração que fica a meio caminho entre o urbano e o rústico, entre os metais e as madeiras.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Zenith Brunch & Cocktails Bar

A vertente mais saudável dos pratos combina-se com as propostas tentadoras à base de ovos. Os clássicos Benedict fazem companhia às panquecas com coberturas de fruta e gelado ou à americana, com bacon e xarope de ácer, tostas, saladas e a shakshuka, um estufado com ovos e tofu de origem israelita. Ao contrário da maioria dos brunches da cidade, este é servido apenas à carta, e está disponível todos os dias. À noite, para os mais saudosos do antigo Zenith, agitam-se os shakers para preparar a famosa sangria, entre copos de gin e mojitos.

(Fotografia de Igor Martins/GI)

Café do Comércio

Quando Filipa Oliveira se apercebeu de que o número 124, na Rua do Comércio do Porto, ia ficar vago, decidiu imediatamente ficar com lugar. Apesar de ser licenciada em direito, ter um café fazia parte dos seus sonhos há alguns anos, portanto quando viu a oportunidade não a deixou escapar. Já com algumas ideias em mente, convidou a amiga Ana Filipa Ferreira para participar no negócio, e ambas projetaram um lugar dedicado a pequenos-almoços, já que a zona tinha muito pouca oferta nessa área, contam. Elaboraram uma carta com três menus de pequeno-almoço – mas que podem ser pedidos durante todo o dia –, granolas, taças de fruta, papas de aveia, torradas, bolos, scones e panquecas. Juntaram-lhe ainda petiscos, como tábuas, pão de alho e azeitonas, e tostas de salmão, presunto e mozarela.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Café do Comércio

Todos os dias são preparadas mais duas tostas, para que os clientes frequentes encontrem sempre alguma novidade. Chás da Casa da Arada, café da Vernazza Coffee Roasters e algumas bebidas alcoólicas são as sugestões de copo. Conscientes das intolerâncias alimentares dos clientes, ou simplesmente das suas opções pessoais, Filipa e Ana possibilitam a escolha de leite e iogurte vegetal nas bebidas e nas granolas.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Hungry Biker

Depois de terem conhecido o Sul de Portugal, Maria Kulagina e Alexey Mikhaylov decidiram fazer-se ao Norte. O casal russo gostou tanto do Porto, e da sua «energia», que acabou por ficar e abrir o Hungry Biker, na íngreme Rua das Taipas, para todos aqueles «com fome por novas aventuras... e comida», conta Maria. O pequeno espaço funciona como cafetaria e oferece um serviço de aluguer de bicicletas, de cidade ou de montanha, a baixo preço.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Hungry Biker

Tostas integrais, papas de aveia, waffles doces e salgadas, iogurte com fruta, batidos, bebidas de café e chá servido com fruta, em canecas largas de 600 ml, são preparados na hora, e servidos para consumir no Hungry Biker, ou para levar. Houve até o cuidado, por parte do casal, de criar embalagens que encaixem nas cestas das bicicletas, para levar e comer «na praia ou num piquenique», sugere Alexey. A decoração é simples, em tons neutros, e tanto as mesas de madeira como os bancos foram feitos à mão, por Alexey.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Camafeuzinho

O restaurante Camafeu é um velho conhecido dos frequentadores da Baixa. Ao lado da porta azul onde mora há cerca de seis anos nasceu, em abril, o seu descendente. As parecenças são inegáveis e não se ficam apenas pelo nome. O mobiliário rètro, resgatado de diversos antiquários e salpicado com pormenores kitsch, dá à sala um ar mais contemporâneo. É uma «espécie de bisneto», como lhe chama a proprietária Ana Machado, que gere os dois negócios na casa onde em tempos funcionou a loja de antiguidades do seu avô. Também ela é uma apaixonada por antiguidades e pela bricolage e foi a própria quem recuperou algumas das peças que despontam na decoração. O Camafeuzinho, com seis mesas apenas, justifica assim a adição do sufixo. Em dias de sol, a sala alarga-se para a rua e a esplanada serve de extensão perfeita à pequena sala.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Camafeuzinho

A inexistência de cozinha não serve de limitação e abre a janela de oportunidade a opções mais simples, rápidas e leves, servidas durante todo o dia. A granola com iogurte e fruta fresca (ou açaí) convidam a um pequeno-almoço. As saladas, de quinoa e de frango, são aposta para almoços pouco calóricos, bem acompanhada de sumos de fruta do dia com combinações como o abacaxi e hortelã ou morango e banana. Tudo feito com fruta fresca, cortada e preparada na hora.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Ponto 2

Da escadaria que dá acesso à estação da Casa da Música, saem multidões apressadas. Foi numa dessas correrias que Lara Lucas deu com o espaço que hoje serve de ponto de passagem e de intervalo à azáfama da estação. À procura de um local onde a padaria de fabrico caseiro, proveniente de Leça da Palmeira, pudesse disponibilizar-se aos portuenses, o encontro foi uma bênção. A loja, ampla e com a vantagem de ter uma larga esplanada nas traseiras, foi remodelada e adotou um ambiente de linhas simples e modernas. Além das mesas tradicionais, foram colocados mesas altas às quais os portuenses ainda resistem. «Não é fácil mudar o hábito tão português do café ao balcão», explica Lara. Os mais apressados podem levar o café consigo. Os outros podem fazer uma pausa numa das várias mesas do espaço, individuais ou comunitárias.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Ponto 2

Na vitrina da entrada repousa o pão, sempre fresco e caseiro. São o acompanhamento ideal para o iogurte com fruta e granola e os sumos naturais de fruta. Juntando-os todos no mesmo menu soletra-se o brunch, que no Ponto 2 se serve sempre aos sábados e feriados, das 11h00 às 16h00, onde por 7 euros se provam ainda pães e croissants, uma fatia de quiche salgada e uma miniatura doce. E um café, claro, para beber enquanto se espreitam as peças expostas nas paredes, sempre abertas a artistas anónimos que ali queiram exibir o seu ofício.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Com Cuore

O propósito é simples – oferecer produtos comuns de cafetaria mas desprovidos de glúten, a pensar em pessoas com a doença celíaca, intolerantes ou simplesmente adeptas deste tipo de alimentação. Neste lugar situado no Pátio das Cardosas não entra nada com glúten, pelo risco de provocar contaminação. Só existe mesmo a cerveja Super Bock, porque além de não ser fonte de contaminação, «nem toda a gente é obrigada a beber cerveja sem glúten», brinca Cátia Silva, filha da proprietária Emília Oliveira.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Com Cuore

A Com Cuore nasceu de um sonho de Emília, que depois de 25 anos a trabalhar na restauração, ambicionava ter um projeto só seu, mas que de alguma forma fosse diferente do que já existe. Após ter reparado na dificuldade que era para uma familiar com doença celíaca encontrar lugares para comer sem preocupações, a Com Cuore começou a ganhar sentido. Mãe e filha elaboraram a carta. Sejam bolos comuns como croissants, pastéis de nata ou miniaturas, crepes de farinha de milho cobertos com Nutella, fruta ou geleia, ou snacks salgados como tostas mistas, quiches, cachorros e hambúrgueres, não há qualquer vestígio da subtância proibida. Apesar deste compromisso, Cátia afirma que o processo de certificação pela Associação Portuguesa de Celíacos está quase terminado, dando assim toda a garantia aos clientes.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Brando – Casa do Café

Todos os dias há brunch no Brando – Casa do Café, a recente cafetaria do Bonfim. Mas nesta casa é o café que brilha, podendo ser servido como cappuccino, mocha, expresso ou macchiato, latté, americano ou flatwhite, quente ou frio.

(Fotografia de Pedro Correia/GI)

Brando – Casa do Café

Para acompanhar, os clientes podem pedir muffins, bolos caseiros, scones, bôlas, quiches, sanduíches e tostas em pão saloio, ou optar por uma das duas opções de almoço.

(Fotografia de Pedro Correia/GI)

Alambique

Dois irmãos, mais dois sócios e uma ideia única deram origem a um espaço híbrido que é uma livraria, loja vintage e cafetaria.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Alambique

O ambiente afável estende-se à oferta, onde predominam os bolos caseiros – tarte de maçã, tartes merengadas de limão ou frutos vermelhos e os brownies – e os produtos biológicos e locais, para provar entre livros e bom gosto.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Mademoiselle

A nacionalidade francesa cria, no que toca à pastelaria, uma expectativa a quem entra porta dentro da nova cafetaria na marginal da Foz. No expositor está tudo o que se esperaria encontrar: éclairs coloridos, croissants folhados e uma pequena curiosidade bretã, o kouign-ammann, um pequeno bolo de manteiga e açúcar.

(Fotografia de Fábio Poço/GI)

Mademoiselle

Servem pequenas refeições e constantes fornadas de croissants quentes - para provar e cobrir com o já imprescindível caramelo salgado caseiro.

(Fotografia de Fábio Poço/GI)

Noshi Coffee Garden

No Noshi Coffee Garden privilegia-se a ligação à natureza, e isso sente-se no pátio interior preenchido por plantas suspensas e nas refeições livres de produtos processados. Mãe e filha preparam refeições com carnes brancas, salmão, anchovas, cuscus, massa integral ou arroz selvagem, e lanches como papas e panquecas de aveia com leite vegetal, e açaí com frutas, iogurte, mel e granola.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Noshi Coffee Garden

O café, imagem de marca da casa, foi desenvolvido propositadamente para o projeto e é servido expresso ou de filtro.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

The Coffee Room

Uma nova marca de café, a The Royal Rawness, pão feito na hora e chocolate artesanal com caramelo salgado e flor-de-sal, gengibre, pimenta, sementes de sésamo e laranja são algumas das novidades do The Coffee Room, no primeiro piso da loja The Feeting Room.

(Fotografia DR)

The Coffee Room

Para além do expresso, a oferta de café inclui flat white, cappuccino, cold brew e café de filtro. A esplanada manter-se-á, mas agora com uma mesa comunitária, que vai privilegiar o convívio entre as pessoas, e uma máquina de café – a La Marzocco – permitindo que os clientes vejam a preparação das bebidas pelo barista.

(Fotografia DR)