Dia dos Namorados: locais para planear o próximo passeio a dois

Dia dos Namorados: locais para planear o próximo passeio a dois
O Vale do Bestança, em Cinfães. (Foto: Pedro Sá/DR)
Confinar pode e deve ser sinónimo de planeamento e sonho. De falésias imponentes com vistas oceânicas a crateras vulcânicas, anfiteatros naturais, montanhas e rios despoluídos, os futuros passeios ao ar livre a dois podem passar por aqui.

Vale do Bestança, Cinfães

Se no inverno já parece um lugar encantado, no verão a aldeia de Pias torna-se ainda mais apetecível, graças à ligação com o rio Bestança: às casas senhoriais, moinhos e levadas juntam-se os mergulhos num dos cursos de água mais limpos da Europa. O Parque de Lazer daquela povoação ribeirinha, no concelho de Cinfães, enche-se de banhistas na estação quente. Mas há outros pontos onde refrescar o corpo, num vale de grande beleza natural – com os devidos cuidados, pois não existe vigilância. Pedro Sá, fotógrafo e divulgador incansável da terra, aconselha a zona entre Pias e Cinco Rodas, com dois fortes atrativos: o Canhão de Pias, onde o Bestança corre mais forte e veloz, e o baloiço fotogénico montado sobre as águas quando a temperatura aumenta.

Pias, Cinfães
Web: piascinfaes.blogspot.com
GPS: 41.0750, -8.0743

(Foto: Pedro Sá/DR)

 


Pista ciclopedonal de Mira

Em Mira, há uma Pista Ciclopedonal com quase 30 quilómetros que conquista sobretudo pela diversidade paisagística. É um percurso plano, que se estende do cais do Areão quase até à localidade de Ermida, dando acesso a campos agrícolas, floresta, caniçais, moinhos de água, dunas e mar. Um bom ponto de partida é a Lagoa de Mira, que, além de permitir observar aves, libelinhas e libélulas, tem vários pontos de descanso e mesas de piquenique. O primeiro troço a ser construído, já há duas décadas, é o que liga a Lagoa à Praia de Mira, a única zona balnear do Mundo com Bandeira Azul desde 1987, quando começou a ser atribuída. A pista ciclopedonal também passa pela Praia do Poço da Cruz, com extensos areais, mais afastada da área urbana e menos frequentada.

Pista Ciclopedonal de Mira, Mira
Web: cm-mira.pt
GPS: 40.4420 -8.7494

(Foto: Maria João Gala/GI)


Fórnea, Serra de Aire

As encostas dominadas pelo maciço calcário abrigam as maiores grutas portuguesas e servem de companhia aos rios Almonda e Lena, mas o Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, na zona Centro, também é a casa de uma formação geológica em forma de anfiteatro natural. Trata-se da Fórnea, um autêntico postal da região com 500 metros de diâmetro e 250 de altura, com amplas vistas sobre vales e encostas, que ficam na memória. Nas alturas do ano em que chove mais, chega a correr uma cascata por aqui. Impossível não tirar uma fotografia a dois neste local. Um trilho pedestre com cerca de um quilómetro, bem assinalado, leva qualquer um à aldeia vizinha de Alcaria em menos de uma hora. O local é rico em fósseis, por isso importa estar atento ao longo da caminhada

Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros
Chão das Pias
GPS: 39.5572, -8.8075

(Foto: Leonardo Negrão/GI)

 


Cabo Sardão, Odemira

Entre Almograve e Zambujeira do Mar, este recorte de imponentes falésias é o ponto mais ocidental do sudoeste alentejano e uma das paisagens mais emblemáticas da Costa Vicentina. A sua esmagadora vista oceânica torna este cabo, guardado por um farol centenário com 17 metros de altura, num dos locais de eleição dos pescadores locais e de dezenas de gaivotas, que aqui aninham, e às quais se juntam aves como falcões-peregrinos e gralhas-de-bico-vermelho. A vegetação rastejante possibilita uma visita sem pressas, que até pode originar um piquenique, de olhos postos no horizonte azul. Uma dica: vale a pena ir para ver o pôr-do-sol, mas importa não esquecer o agasalho. Havendo tempo, dá-se um salto às pequenas aldeias mais próximas, como Malavado, Fataca e Cavaleiro, esta última conhecida no Alentejo pela pesca à linha de sargo e pela qualidade dos percebes.

Zambujeira do Mar, Odemira
GPS: 37.5988, -8.8159

(Foto: Reinaldo Rodrigues/GI)

 


Parque Florestal das Queimadas, Madeira

É um dos melhores exemplos para explorar a pé a floresta laurissilva madeirense. Na zona norte da Ilha da Madeira, caminha-se junto a uma levada neste grande pulmão verde, ao ritmo que cada um queira e ao longo de 13 quilómetros. O passeio inclui túneis, riachos, cascatas e grandes montanhas, como a do Pico Ruivo. Ao nível da biodiversidade, aves como alvéola, tentilhão e pombo-trocaz são presença frequente, entre cultivos de mirtilo, menta, urzes centenárias, uveiras-da-serra, cedros-da-madeira e flores de cores garridas. Em determinados pontos do parque, que inclui zonas de merenda, acampamento, abrigo de observação de aves e viveiro de trutas, por exemplo, avista-se o mar e as povoações mais próximas, de São Jorge e de Santana, esta última tão conhecida pelas suas típicas habitações com telhados de colmo.

Santana, Ilha da Madeira
GPS: 32.7839, -16.9050

(Foto: Gerardo Santos/GI)

 


Ilha do Corvo, Açores

A mais pequena ilha açoriana é ideal para uma escapadinha pitoresca, onde natureza e silêncio comandam os dias, tanto pelas ruelas da vila do Corvo, situada numa fajã lávica, como junto ao mar e pelas estradas à volta da ilha, onde se avistam hortênsias, os típicos moinhos de vento da zona e mais cabeças de gado do que pessoas. No topo, está o imponente caldeirão verde, a cratera de um supervulcão extinto, coberto de mantos verdes onde pastam rebanhos de vacas e uma lagoa. O restante tempo pode passar-se em caminhadas na pequena mas bonita Praia da Areia, a única do Corvo, em visitas ao centro interpretativo que existe na vila ou até com um passeio-relâmpago à Ilha das Flores, já que há viagens de barco a ligar as ilhas-vizinhas todos os dias, com duração de uma hora. Basta que a meteorologia facilite.

Web: visitazores.com

(Foto: Sandra Vuckovic)




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