Para celebrar a décima edição, o Primavera Sound Porto, que decorre de 7 a 10 de junho, desenhou um programa vasto e diversificado. Várias gerações e géneros musicais vão ocupar os cinco palcos espalhados pelo recinto. De destacar os cabeças de cartaz Pet Shop Boys (dia 9), que vão estar pela primeira vez no Porto. Oportunidade para descobrir ou redescobrir a pop dançável e hedonista deste duo britânico formado no início dos anos 1980.
No mesmo dia, sobe ao palco o punk-rock electrónico de Le Tigre, trio fundado em 1998 em Nova Iorque por Kathleen Hanna, figura essencial do movimento riot grrrl. Annie Clark, conhecida como St. Vincent, estará também em palco nesse dia.
No primeiro dia de festival, as atenções vão para o multipremiado rapper Kendrick Lamar. Antes, há mais hip-hop com Bany Keem. Segue-se a pop eletrónica experimental da britânica FKA Twigs. O fenómeno Rosalía, que já pisou o palco do festival em 2019, regressa para apresentar o mais recente álbum, “Motomami”.
O festival termina no sábado com uma das referências da britpop, Blur, e o electro pop-rock de Halsey, que vai apresentar o seu quarto álbum de originais “If I can’t love, I want power”.
Os melómanos que visitarem o Porto por esses dias, terão tempo para ficar a conhecer as muitas, pequenas e alternativas lojas de discos da cidade. Algumas dedicam-se a novos lançamentos, outras apostam no fervilhante mercado da segunda mão, mas é crescente a fusão dos dois ramos do negócio, com o vinil como matéria prioritária.
Primavera Sound Porto
7 a 10 de junho
Parque da Cidade
Preço: a partir de 170 euros (bilhete geral 4 dias); 70 euros (1 dia)
LOJAS
Discos do Baú
Miguel Valongo, DJ, melómano e colecionador, foi juntando centenas de discos ao longo da vida. Já depois de ter começado a vender online, decidiu abrir o baú e mostrar o seu conteúdo fisicamente. A loja existe desde 2017 e vende múltiplos géneros musicais, em vinil.
Vinyl Disc
É preciso subir até ao terceiro andar de um prédio na Baixa para chegar a esta loja, um paraíso para os amantes do vinil antigo e de raridades. Nuno Moreira, o proprietário, gosta de conversar sobre música e fá-lo com alegria e conhecimento. O espaço, que funciona como uma sala de estar, com sofá e um gira-discos pronto a usar, promove a interação.
Matéria Prima
Apostando em géneros musicais menos populares, a Matéria Prima dá a conhecer, há já 32 anos (24 com espaço físico), universos inovadores e experimentais – como a poesia sonora, a pop bizarra, o house alternativo, o noise e diversas músicas do mundo. Além dos vinis, dos CD e de cassetes, tem disponível publicações, entre revistas e livros.
Tubitek
Durante os anos 1980 e 90, foi ponto de encontro para os fãs de música, principalmente a mais alternativa. Fechou portas em 2000 e reabriu em 2014, com nova gerência, já no ressurgimento do vinil. O foco são, lá está, os vinis e CD novos (incluindo reedições), e há um pouco de todos os géneros, sendo mais direcionado para o universo pop-rock.
Piranha
Cumpriu, em 2021, 25 anos de existência, sempre no Centro Comercial Itália. Vende principalmente CD e vinil, mas as cassetes e as publicações dedicadas à música também estão presentes. Os géneros underground como o metal, gótico, industrial, pós-punk, darkwave ou crossover destacam-se.
Bunker Store
Manuel Fernandes e Pedro José Branco abriram em 2014 esta loja focada nos sons extremos. Frequentada por várias gerações de headbangers, que aqui podem encontrar todo o universo da música hard ‘n’ heavy – desde os clássicos às novas bandas e subgéneros -, a Bunker serve também como ponto de encontro da comunidade metaleira.
Muzak
Já teve várias moradas na cidade ao longo de duas décadas de história. De há dois anos para cá, a Muzak está instalada na Kate Skateshop, loja dedicada à cultura do skate. O projeto é de Francisco Afonso (DJ Xico Ferrão) e foca-se no vinil em segunda mão. Há pop e rock, música negra – disco, funk e soul -, garage rock, música de dança e jazz clássico.
Louie Louie
“Louie Louie”, escrita por Richard Berry em 1955 e popularizada nos anos 1960 por The Kingsmen, é provavelmente a música mais gravada da história do rock. É também o nome de uma das mais acarinhadas lojas de discos do Porto. Abriu em 2004 e já teve vários pousos, sempre na Rua do Almada. Aqui, encontram-se vários géneros musicais em vinil e CD, novos e em segunda mão.
Porto Calling
O nome da loja refere-se ao famoso álbum e canção da banda punk britânica The Clash, “London calling”. Mas aqui não se vende apenas rock e afins. Com dez anos de existência, a loja tem disponíveis vinis usados e novos, de géneros que vão do jazz ao funk, do r&b à soul. Tem casa na galeria comercial que une a Rua da Conceição à Mártires da Liberdade.
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