Entre os objetos expostos estão alguns instrumentos de trabalho que Vítor Gaspar, de 86 anos, usava no dia a dia (tesoura, linha de alinhavar, livro de medidas…); e ainda tecidos, fatos que confecionou e fotografias de momentos marcantes da sua vida.
Em jeito de complemento, é também apresentada a coleção de telas “O Alfaiate através do tempo”, igualmente da autoria de Vítor Gaspar, que tem usado a pintura para retratar a evolução daquele ofício.
Fotografia: DR
Um dos objetivos da exposição é dar a conhecer a história da alfaiataria, do apogeu à queda, promovendo uma reflexão em torno da indústria têxtil, dos direitos humanos e da sustentabilidade. Aliás, no auditório são exibidos documentários sobre esses assuntos, tendo como alvo estudantes do ensino secundário.
Vítor Gaspar, nascido em 1934, em Setúbal, frequentou o curso de Corte de Vestuário de Homem na Academia Maguidal, em 1957, e no ano seguinte terminou, com distinção, o curso de Vestuário Género Alfaiate para Senhoras. Foi também nesse ano que abriu, na terra natal, a alfaiataria com o seu nome, que acabaria por encerrar em 1989, muito devido à ascensão do pronto-a-vestir.
Fotografia: DR
Na abertura da exposição, no passado dia 10, o próprio Vítor Gaspar fez questão de guiar os visitantes. A organização é da Câmara Municipal de Palmela e de Vítor Gaspar, com o apoio do Victoria & Albert Museum. As visitas decorrem de terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e ao sábado, das 14h às 19h. A entrada é livre.
