Há uma nova loja de mobiliário vintage no Porto

Durvalina Portela, conhecida como Noia, é quem seleciona as peças. Fotografia: Rui Oliveira/Global Imagens)
De móveis vintage e design industrial se faz a Loja Laranja de Noia, minhota com um pé em Portugal e outro na Alemanha. É ela quem seleciona as peças, todas originais, usadas (ainda que não se note) e com muito para contar.

Primeiro, a explicação do nome: a Loja Laranja chama-se assim porque era essa a cor dominante nos anos 1960, e o mobiliário vintage que vende é sobretudo das décadas de 1950 a 1970. Aqui só há peças originais, muitas delas com assinatura, e usadas, ainda que o seu bom estado não o deixe transparecer.

«São peças duradouras, feitas com bons materiais, e as pessoas tinham muito cuidado com a sua conservação», explica Durvalina Portela, conhecida como Noia. Foi assim batizada pelos irmãos, que tinham dificuldade em dizer o seu nome, conta. É de Viana do Castelo e, aos 8 anos, foi para a Alemanha. Desde então, esta designer industrial, que também desenha algumas peças, anda entre cá e lá.

Noia é quem seleciona as peças. Fotografia: Rui Oliveira/GI

Noia seleciona criteriosamente os artigos, que vai buscar à Alemanha, maioritariamente, e também a países como Dinamarca, Suécia ou Polónia. Começou por vender em feiras de velharias em território alemão, mas o interesse pelas suas peças em Portugal foi crescendo e, há perto de 15 anos, abriu a Loja Laranja em Viana.

Em setembro passado, criou esta segunda morada no Porto, onde tanto se encontra uma mesa elegante, cheia de pormenores, do dinamarquês Johannes Andersen, como um sedutor sofá em pele e pau-santo, do italiano Gianni Songia, ou icónicas cadeiras do também italiano Harry Bertoia.

Algumas peças têm histórias especialmente curiosas, como os candeeiros compridos, vindos de uma fábrica portuguesa, ou o boneco representativo do corpo humano, encontrado numa feira na Baviera, que pertenceu a uma escola de medicina católica e, por isso, tinha a parte correspondente às nádegas e à púbis tapada com gaze. Ainda há vestígios desse material, observa Noia, divertida.

Ao centro, o boneco representativo do corpo humano que pertenceu a uma escola de medicina católica.
Fotografia: Rui Oliveira/GI

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Na loja há peças mais pequenas e úteis, como os quebra-nozes, muito populares no natal, na Alemanha, ou os recipientes para amendoins em forma de pinguim (saem pelo bico).

Recipientes para guardar amendoins em forma de pinguins e outras peças.
Fotografia: Rui Oliveira/GI

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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