É uma loja, uma oficina e um projeto comunitário. Na Once Upon a Time, inaugurada em fevereiro, a palavra-chave é transformação – pessoal, social e do território. Usa-se o upcycling e a reciclagem como motor de mudança, promovendo oficinas em que se recorre a materiais em fim de vida útil para criar peças únicas e com valor acrescentado.
À venda estão artigos produzidos no âmbito de vários projetos : o Era Uma Vez Upcycling Projects, a Oficina Faceadinha, o Projet’Arte e o Artestamos.
O Era Uma Vez, com Alexandra Arnóbio no leme, visa promover a consciência ambiental e diminuir a pegada ecológica, tendo até um projeto com a Lipor.
Já os restantes projetos, promovidos pelo Centro Social de Soutelo, em parceria com a ATNP – Assistência aos Tuberculosos do Norte de Portugal, procuram trabalhar a empregabilidade jovem através de oficinas que vão das artes plásticas à construção de instrumentos musicais.
O objetivo é desenvolver as competências pessoais e sociais de jovens dos 18 aos 30 anos, que não estudam nem trabalham, alguns deles com deficiência. Os produtos resultantes podem ser adquiridos na loja, e parte das receitas é para aplicar nos projetos.
Baterias feitas de baldes, com baquetas de paus de vassoura, adufes com caricas no interior e tábuas de cozinha de madeira são algumas das propostas, a que se juntam peças com o selo Era Uma Vez, como candeeiros nascidos de um tronco de árvore ou de uma velha máquina fotográfica; ou suportes para escova de dentes reaproveitando brinquedos. Os preços podem ir de um até 400 euros.

Figura de Santo António transformada em candeeiro – uma proposta do Era Uma Vez Upcycling Projects.
Fotografia: Paulo Nuno Baptista/DR
A Once Upon a Time também é palco de oficinas, tanto para grupos específicos – utentes de IPSS do Bonfim, por exemplo – como para o público em geral.
Neste momento, há vagas abertas para uma oficina de transformação de pequeno mobiliário, em data a definir, e disponibilidade para agendar outras, que podem ser dirigidas a crianças – que melhor público pode ter um projeto apostado em mudar mentalidades?
Brinquedos do vizinho
O vizinho Carlos Alberto Lobo, eletricista reformado, tem à venda na loja alguns dos brinquedos tradicionais que faz com caixas de fruta e de vinho, como carrinhos ou um piano em miniatura.
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