Galerias romanas da Rua da Prata, em Lisboa, voltam a abrir ao público

As Galerias Romanas da Rua da Prata só abrem duas vezes por ano. A primeira é já este mês. (Fotografia de José Avelar)
A 21, 22 e 23 de abril, o Museu de Lisboa volta a revelar as histórias que as Galerias Romanas da Rua da Prata, em plena Baixa de Lisboa, guardam debaixo da terra.

Para assinalar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, que se comemora a 18 de abril, as Galerias Romanas da Rua da Prata vão voltar a abrir ao público, com visitas guiadas pela equipa de mediação cultural do Museu de Lisboa. Vão ser três dias recheados de visitas com a duração de cerca de 20 minutos cada. No dia 21, o horário é das 16.15 horas às 18.30 horas, ao passo que a 22 e 23 de abril é entre as 9.30 e as 18.30 horas. O custo é de 3 euros por pessoa.

Existem ainda dois percursos temáticos que ajudarão a mapear a herança romana nesta zona da cidade, nos dias 22 e 23. Têm início às 15 horas, começando com a visita às Galerias e terminando na Casa dos Bicos (no dia 22) e no Teatro Romano (no dia 23). Ambos com o custo de 7 euros por pessoa. Os bilhetes podem ser comprados nas bilheteiras dos núcleos do Museu ou em Blueticket.pt.

O acesso faz-se por este pequeno “alçapão” no meio da estrada. (Fotografia de José Frade)

As Galerias Romanas foram descobertas em 1771, na sequência do terramoto de 1755. Correspondem a um criptopórtico, solução arquitetónica que criava, em zona de declive e pouca estabilidade geológica, uma plataforma horizontal de suporte à construção de edifícios de grande dimensão, normalmente públicos.

No início do século XX, estas galerias ficaram conhecidas como «Conservas de Água da Rua da Prata» por serem utilizadas pela população como cisterna. Quando se encontram fechadas, têm um nível de água superior a um metro de altura, proveniente de lençóis freáticos que correm no subsolo de Lisboa, sendo, por isso, necessária uma operação de bombeamento da água, para se aceder ao seu interior, e ainda uma limpeza para que o acesso se realize em segurança.

As galerias estão permanentemente inundadas por lençóis freáticos, e a água é bombeada para permitir as visitas. (Fotografia de José Avelar)

Comemorando também o 25 de abril, o Museu de Lisboa terá duas visitas guiadas no Teatro Romano: uma no dia 25, pelas 15 horas, e outra às 11 horas de dia 29. Também a 29, destaca-se o programa Dar Cores à Liberdade, no Palácio Pimenta. A partir das 15 horas, o evento gratuito, organizado em parceria com a associação Batoto Yetu Portugal, oferece um workshop de semba, uma visita pela exposição de longa duração focada na herança africana da cidade e um concerto de Karyna Gomes, às 17 horas.

O dia da Revolução dos Cravos conta ainda com o percurso “O povo está na rua! Praças e paços das revoluções”, que parte do Museu de Lisboa, no Teatro Romano, às 11 horas.

 

 




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