# Fazer os desafios da “sopa de letras”
Quando era criança, adorava fazer “Sopas de Letras” na praia, entre mergulhos e jogos de raquetas. Cresci e deixei esse passatempo, mas acabo de o recuperar na quarentena. Já não me lembrava de riscar revistas à caça das palavras, e soube bem trazer uma para casa, aquando da compra dos jornais, que bem precisam de ser lidos – e adquiridos – nos tempos que correm. Tenho feito a minha parte. Carina Fonseca
# Cozer pão todos os dias
Foi assim de um dia para o outro, sem grandes ponderações, que desatei a fazer pão. Tinha fermento fresco para fazer massa de piza, tinha farinha de trigo tipo 65 e tinha Internet: fui ver a receita do Pão de Mia, da Filipa Gomes (a celebridade do momento) e vi ainda um vídeo do canal brasileiro “Vai com pão”. Cozi dois pães diferentes em poucas horas e começo a sentir o despertar da intuição masseira. Isto parece-me um longo (e alegre) caminho sem retorno. Dora Mota
# Observar pássaros à janela
Antes da pandemia, um dos meus passatempos era sentar-me junto ao estuário Douro e observar os corvos-marinhos, as garças-reais, entre outras aves que por lá andam. Agora, os binóculos são utilizados à janela. A árvore em frente está carregada de pardais. Rápidos, inquietos e ruidosos, são os maiores habitantes da zona. Nos telhados, já apanhei uma alvéola-branca e um melro-preto. Ao fim da tarde, um bando de pombos faz o seu voo sincronizado. No Facebook há um grupo onde se pode publicar fotos das observações em tempo de quarentena: Quarantwitching – Birding from home. Luísa Marinho
