Está de volta o festival que leva os tapetes de Arraiolos às ruas e janelas da vila

Arraiolos. (Fotografia de Orlando Almeida/GI)
"O tapete está na rua" é a iniciativa que regressa entre 8 e 12 de junho a Arraiolos. Durante cinco dias, a tapeçaria tradicional que aqui se faz é estendida nas ruas e pendurada em portas, janelas e varandas da vila.

Uma mostra dos genuínos tapetes de Arraiolos nas principais artérias do centro histórico daquela vila, no distrito de Évora, é um dos atrativos do certame “O tapete está na rua”, marcado para junho. Promovido pela Câmara de Arraiolos, o evento realiza-se entre oito e 12 de junho e o programa integra um conjunto de atividades culturais, como exposições, animação, colóquios e debates, além da mostra e venda de produtos locais, artesanato e gastronomia.

O principal destaque vai para a mostra de tapetes de Arraiolos no centro histórico da vila alentejana, com vários exemplares desta tapeçaria local estendidos nas ruas e praças e pendurados nas portas, janelas e varandas. A valorização do tapete de Arraiolos e a promoção desta arte também vão estar em foco durante a conferência “Património Cultural Imaterial no Alentejo: Da recolha e inventariação à UNESCO”, que integra o programa do certame.

Segundo o município, “O tapete está na rua” constitui-se como um “contributo para a defesa do tapete de Arraiolos, de forma a que as empresas produtoras e as bordadeiras do concelho possam exercer a sua atividade com dignidade”. Procurando promover e valorizar o tapete de Arraiolos, assinalou a autarquia, o evento visa também “dinamizar a economia local e dar a conhecer o artesanato, a gastronomia e outros produtos locais”.

A tradicional tapeçaria de Arraiolos. (Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)

Do tapete de Arraiolos, bordado a lã sobre tela, conhecem-se referências já desde os finais do século XVI (1598), com origem na vila alentejana com o mesmo nome, povoada no princípio do mesmo século por mouros e judeus, expulsos da Mouraria de Lisboa por D. Manuel I.

Segundo investigações históricas, as famílias ali fixadas encontraram abundantes rebanhos de boa lã e diversidade de plantas indispensáveis ao tingimento e fabrico das telas onde são manufaturados os tapetes, empregando a técnica do ponto cruzado oblíquo, denominada “Bordado de Arraiolos”. A Câmara de Arraiolos, que aguarda há vários anos pela certificação dos tradicionais tapetes, pretende candidatar o tapete de Arraiolos a Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).




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