Dólmen de Antelas, o monumento megalítico que é um tesouro

O Dólmen de Antelas visto de fora. (Fotografia de Maria João Gala/Global Imagens)
As pinturas com 6000 anos, a preto e vermelho, tornam o Dólmen de Antelas, em Oliveira de Frades, único. Para preservar tamanha riqueza, as visitas acontecem só por marcação, na companhia de um guia, estando limitadas a duas pessoas.

De florestas, rios e montanhas se faz a paisagem natural de Oliveira de Frades. Há muito verde, muito azul, muitas pedras – e algumas contam histórias surpreendentes. O património arqueológico é uma das riquezas daquele concelho no centro do país, e isso deve-se, em grande medida, ao Dólmen de Antelas, que pode ser visto quase na sua origem. Esse Monumento Nacional “está para a arte pré-histórica como o teto da Capela Sistina está para a arte renascentista italiana”, lê-se na placa informativa. Tem uma aparência discreta, pelo menos visto de fora. Para perceber a importância de tão valioso achado (que se encontra coberto e fechado, a bem da sua preservação), é preciso agendar uma visita ao interior, gratuita e limitada a duas pessoas, acompanhadas por um guia.

Entramos naquele raro monumento tumular curvados e seguimos pelo corredor, que tem a particularidade de estar descentrado relativamente ao eixo do dólmen. Ainda assim, a maior fonte de espanto reside nos oito esteios (pedras ao alto) que constituem a câmara funerária. “Estamos no monumento megalítico mais importante de Portugal, da Península Ibérica e da Europa, por causa das pinturas com 6000 anos, a vermelho e preto, que o tornam único.” O enquadramento é dado por Filipe Soares, técnico do município responsável pelo património arqueológico, enquanto ilumina um conjunto de motivos abrangendo ziguezagues, triângulos alternados, uma figura humana e um sol, entre outros. É arte que nos faz viajar no tempo e atiçar a imaginação, uma vez aberta aquela porta.

As pinturas milenares.
(Fotografia de Maria João Gala/Global Imagens)

A descoberta

O Dólmen de Antelas foi descoberto, em 1917, pelo geógrafo Amorim Girão; mas a sua importância tornou-se evidente, até à escala internacional, sobretudo a partir de 1956, na sequência dos trabalhos arqueológicos realizados por Luís de Albuquerque e Castro, Octávio da Veiga Ferreira e Abel Viana. Na primeira metade da década de 1990, o monumento foi alvo de novas escavações, e hoje é visitável.



O que fazer em volta
Visitar o Museu Municipal

Bem no centro histórico, ergue-se o MUSEU DAS TÉCNICAS RURAIS – MUSEU MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE FRADES, com as suas coleções de objetos arqueológicos e etnográficos. Entre as peças expostas, destaca-se um veado romano em bronze, ex-voto ou animal sagrado encontrado por um lavrador. A agricultura também marca presença numa casa que traz à memória artes e ofícios que fizeram o dia a dia das populações, do cultivo dos campos ao fabrico do pão.

O veado romano.
(Fotografia de Maria João Gala/Global Imagens)


Sentir o pulso à natureza

Uma forma mais direta de conhecer as paisagens de Oliveira de Frades passa por seguir os percursos pedestres, que apresentam diferentes características e graus de dificuldade. Por exemplo, quem quiser andar rente à água, entre moinhos, poços e cascatas, pode escolher o PR1 – ROTA DOS RIOS E LEVADAS, trajeto circular de 11 quilómetros, a iniciar em Santa Cruz. Já o PR3 – ROTA DOS CABEÇOS, com cerca de 17 quilómetros, leva-nos a um cenário diferente: a Serra do Caramulo.

O Carvalhedo da Gândara, na Rota dos Caminhos com Alma.
(Fotografia de Maria João Gala/Global Imagens)

Partilhar
Morada
Antelas, Pinheiro, Oliveira de Frades
Telefone
961 786 064


GPS
Latitude : 39.3999
Longitude : -8.2245
Partilhar
Mapa da ficha ténica Mapa da ficha ténica
Morada
Praça Luís Bandeira, Oliveira de Frades
Telefone
232 763 789
Horário
Das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30. Encerra de manhã, nos fins de semana e feriados, e segunda o dia todo.


GPS
Latitude : 39.3999
Longitude : -8.2245
Partilhar
Mapa da ficha ténica Mapa da ficha ténica

 

 

 




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend