Do mar à lata: descobrir a viagem da sardinha no museu vivo da Pinhais

(Fotografia de Artur Machado/Global Imagens)
Ver todo o processo de produção, entrar nos antigos escritórios e fazer uma degustação no fim são alguns dos momentos que compõem o Conservas Pinhais Factory Tour, um museu vivo que dá a conhecer a empresa centenária.

As atividades piscatórias – e todas as outras que daí advêm – sempre assumiram um papel relevante em Matosinhos, graças à proximidade do mar. Se nos tempos áureos da indústria conserveira, na década de 1920, se contavam cinquenta fábricas no concelho, hoje restam apenas três. Uma delas é a Pinhais, surgida em 1920, que há pouco mais de um ano inaugurou o Conservas Pinhais Factory Tour, um museu vivo que pretende perpetuar o legado da indústria e dar a conhecer o seu património material e imaterial. Recuperou-se o edifício original, preservando-se os azulejos que cobrem o piso e a escadaria curva que forma a silhueta de uma sardinha. É possível entrar no gabinete médico e na antiga loja, onde agora se expõe a vetusta secretária do gerente, encimada por faturas e contratos, à mão de qualquer um.

(Fotografia de Artur Machado/Global Imagens)

(Fotografia de Artur Machado/Global Imagens)

Há muito “toque” nesta visita, para além do aroma a pescado que nos vai guiando até à zona de produção, onde 80 mulheres, em ambiente alegre, se ocupam das 12 atividades que perfazem a “viagem da sardinha Pinhais”, e que dão origem aos produtos das marcas Pinhais e Nuri, a referência mais internacional.

(Fotografia de Artur Machado/Global Imagens)

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A fábrica vazia aos fins de semana permite que os visitantes façam algumas tarefas. Já o empapelamento das latas, com um envoltório personalizado que pode ser levado para casa, faz-se todos os dias.

O MÉTODO ARTESANAL

(Fotografia de Artur Machado/Global Imagens)

Uma das diferenças entre a Pinhais e outras fábricas de conservas prende-se com a manualidade do processo em todas as fases possíveis. A seleção do peixe na lota é assegurada por D. Paula e D. Emília, o molho de tomate é confecionado por D. Bruna, e os vegetais são descascados e cortados à mão. O enlatamento – o encaixe das sardinhas na lata – e o empapelamento – o embrulho das latas com os envoltórios – também são feitos à mão. Por dia, podem ser produzidas 25 mil latas, que ficam a “maturar” durante 90 dias, antes de saírem da fábrica.

CAN-TIN, UM CAFÉ DEDICADO ÀS CONSERVAS

(Fotografia de Artur Machado/Global Imagens)

A visita termina com uma degustação de até duas conservas, pão de fermentação lenta e um copo de vinho, no café da Pinhais, apropriadamente nomeado de Can-Tin por um funcionário. Em alternativa, quem não come peixe, pode fazer uma prova de azeite. Ali, entre as 9 e as 18 horas, saboreiam-se outros petiscos que têm como base o produto da Pinhais, como tostas e wraps.

COMPRAR PARA LEVAR

(Fotografia de Artur Machado/Global Imagens)

À saída da fábrica surge a loja, recheada com conservas da Nuri e da Pinhais, de sardinha, cavala, filetes de cavala e carapau, bem como patés e livros de receitas. Um dos artigos mais exclusivos são as ovas de sardinha, que nem sempre se encontram disponíveis. Ainda na loja também há merchandising, como posters, t-shirts, meias, aventais, guarda-chuvas, ímans, bonés e jogos diversos.

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Morada
Rua de Entreparedes, 40, Porto
Horário
Das 12h30 às 15h e das 19h30 às 22h30. Não encerra.
Custo
() Menu 12 momentos:  140 euros Menu 10 momentos:  120 euros


GPS
Latitude : 39.3999
Longitude : -8.2245




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