Dash e Lily: a nova série que antecipa o Natal para nos aquecer o coração

Dash e Lily: a nova série que antecipa o Natal para nos aquecer o coração
Dash e Lily.
Está cheia de espírito natalício e rapidamente se transformou num dos mais recentes sucessos da Netflix. Conheça a nova série "Dash e Lily", produzida pelo cantor Nick Jonas.

Arejada, despretensiosa e, acima de tudo, cheia de espírito natalício. O enredo, as cores, as músicas: tudo o que envolve “Dash e Lily” soa às séries que, por esta época do ano, se servem da mágica cidade de Nova Iorque para contar uma história de amor. Mas aquela que podia ser apenas uma trama banal transformou-se num dos mais recentes sucessos da Netflix. As razões são várias, apontam os especialistas, e uma delas tem mesmo a ver com a pandemia de covid-19 que assola o mundo desde o início deste ano.

Vamos por partes. “Dash e Lily” conta a história de uma rapariga (papel interpretado por Midori Francis) que decide deixar um caderno numa estante de uma livraria. Os pais largaram-na em casa com o irmão e foram para as ilhas Fiji viver a lua-de-mel que nunca tiveram. Lily vê-se, assim, sozinha nas férias de Natal e deposita nesse caderno, uma espécie de diário adolescente, todas as suas esperanças para uns dias divertidos: alguém deverá encontrá-lo, seguir pistas e responder com enigmas. O ‘sortudo’ é Dash (Austin Abrams), um rapaz que encontra na solidão e numa caixa de pizza a melhor companhia para passar essa quadra. Segue-se uma espécie de caça ao tesouro, com Dash e Lily a percorrerem Nova Iorque, numa viagem de autodescoberta e de descoberta um do outro.

Austin Abrams dá vida a Dash.

A trama tem o mérito de ter chegado numa altura em que todos nos preparamos para ver o sonho do Natal ser tomado de assalto pelas consequências do novo coronavírus e em que as relações fora do ambiente familiar estão limitadas ao contacto mínimo. “Dash e Lily” faz, por isso, sonhar e aquece o coração. Como pano de fundo, a série tem a Big Apple pré-covid-19, já que as gravações aconteceram entre outubro e dezembro do ano passado e mostram a cidade com a típica agitação das férias de Natal – algo diferente do que os norte-americanos vão ver este ano.

 

A primeira produção de Nick Jonas

As razões para o sucesso da história natalícia – composta por oito episódios de cerca de 30 minutos cada e baseada no livro “Dash & Lily’s book of dares”, de David Levithan – não se ficam por aqui. Esta é a primeira produção de Nick Jonas, um dos Jonas Brothers. A seu lado esteve Shawn Levy, o mesmo de “Stranger things” ou “I am not okay with this”, da mesma plataforma de streaming.

Mais: tanto Nick como a banda fazem participações especiais. A forma como o cantor passou de trás para a frente das câmaras foi contada por Levy. “Nunca houve intenção da parte de ninguém de meter o Nick a fazer uma participação especial em ‘Dash & Lily’. Estávamos já a meio das filmagens da temporada quando eu levei as minhas filhas a vê-lo e aos irmãos no Hollywood Bowl. Fui aos bastidores para o cumprimentar […] e, de repente, pensámos se haveria alguma forma de ele fazer uma participação improvisada”, contou o produtor. “Criá-la, projetá-la e fazer tudo na hora foi muito divertido e muito gratificante”, revelou.

Os Jonas Brothers fazem participação especial na nova série.

Nick Jonas é um dos produtores da série.

Nick Jonas explicou, por sua vez, que os irmãos Kevin e Joe foram “muito amáveis em aceitar integrar o projeto”. Shawn Levy confirmou ainda que fazer uma série leve foi um dos seus maiores objetivos. “Eu estava à procura de um equivalente televisivo aos filmes de comédia romântica que me lembro estarem cheios de encanto. Filmes como ‘O amor acontece’ e ‘Feliz acaso’”, enumerou. Já a protagonista reconheceu que foi a história de amor que a conquistou assim que leu o guião, assinado por Joe Tracz. “A minha coisa favorita de ‘Dash e Lily’ é que, apesar de estarmos em 2020 e todas as pessoas usarem aplicações de encontros, os protagonistas apaixonam-se e conhecem-se através de um caderno. É uma abordagem mesmo refrescante”, afirmou ao Miami New Times.

 

Livros escritos a duas mãos

A trama da série é simples, mas a forma como foi escrito o livro (o primeiro de uma série de dois) que lhe serviu de inspiração é incomum. David Levithan e a sua parceira, Rachel Cohn, deram forma aos dois protagonistas de forma insólita – embora habitual sempre que Levithan trabalha em parceria. Ou seja: quando existem duas personagens principais, o escritor e a colega ficam responsáveis, em separado, por cada uma delas. O que isto implicou foi que, sempre que acabava um capítulo, Levithan enviava-o para Cohn, de forma a que ela desse continuação ao seu texto. E por aí adiante. O livro tornou-se imprevisível, mesmo para os seus autores, uma vez que nenhum deles sabia que rumo tinha dado o outro à história.

Curiosamente, e tal como acontece no enredo, também os atores Midori Francis e Austin Abrams interpretaram os respetivos papéis praticamente sem se cruzarem. Só no sexto episódio, intitulado “Christmas Eve”, é que os vemos juntos pela primeira vez na mesma cena. “Eles ainda não tinham filmado um com o outro. Questionámos como seria, se eles iam ter química juntos”, confessou o criador da série, Joe Tracz. “Acho que assim que eles começaram a contracenar, as nossas dúvidas dissiparam-se por completo. A química estava toda lá”, acrescentou.

 

Vem aí uma segunda temporada?

E se “Dash e Lily” da Netflix tem por base o primeiro de dois livros, há já quem queira saber se a plataforma de streaming vai avançar com a adaptação da segunda obra (intitulada “The twelve days of Dash & Lily”). É normal não haver qualquer novidade por estes dias – o gigante norte-americano de TV por subscrição gosta de esperar para ver a aceitação do público antes de tomar qualquer decisão e a série estreou-se há menos de um mês -, mas os espectadores estão impacientes. Impacientes e esperançosos, encontrando mil e uma formas para acreditar que não vão ter de se despedir, para já, deste casal. A mais repetida é tão simples como a trama: se há um segundo livro, há material para uma continuação.




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