Comer e beber com vista: esplanadas memoráveis de Norte a Sul

(Fotografia: Ricardo Dias)
Na tranquilidade das serras ou no meio da agitação citadina - seja onde for, uma esplanada com sombra é sempre bem-vinda em dias de calor. Sugerimos uma dezena de lugares, de Norte a Sul.

Abocanhado, Terras de Bouro

É na aldeia de Brufe, no concelho de Terras de Bouro, perto do Parque Nacional da Peneda-Gerês, que se ergue o Abocanhado, cujos trunfos são os sabores regionais e a localização. O edifício, munido de esplanada com vista desafogada sobre o vale do rio Homem, a cerca de 800 metros de altitude, foi construído de raiz, segundo o traço dos arquitetos António Portugal e Manuel Maria Reis, como mais um socalco na vertente da Serra Amarela, e já arrecadou dois prémios internacionais de arquitetura. Funciona, todos os dias, das 12h15 às 15h30 e das 19h30 às 22h. CF

Fotografia: Rui Oliveira/Global Imagens

 

Tasca do Valado, Baião

Este restaurante com terraço debruçado sobre montes e vales fica num dos sopés da serra do Marão, o que já deixa adivinhar a beleza da paisagem. É uma casa versátil, que tanto serve pratos típicos robustos, como anho na brasa, ou carne arouquesa certificada, como pataniscas, cogumelos, alheira e demais petiscos. Para a sobremesa há leite-creme, pêra bêbeda, pannacotta com mirtilos, queijo com doce de abóbora e outras delícias saídas das mãos de Paula Ribeiro, que está à frente da Tasca do Valado com o marido, Ricardo Rocha. Ele, que tá há quatro anos era motorista de longo curso, hoje anda feliz a desbravar o Marão de jipe, em lazer ou em trabalho: por marcação, transporta visitantes, e pelo caminho ainda lhes serve café e biscoito da Teixeira. CF

Fotografia: Rui Manuel Ferreira/GI

 

Porto Cruz, Vila Nova de Gaia

O Espaço Porto Cruz, na frente ribeirinha de Vila Nova de Gaia, reabriu em junho com muitas novidades. A principal foi a ampliação e reconfiguração da esplanada do Terraço 360º – o rooftop do edifício, com vista para o centro histórico do Porto e para o rio Douro – e a introdução de uma nova carta de cocktails de vinho do Porto e outras referências do Douro, gin e espumante. Para almoçar também chegaram novidades, comuns à do restaurante De Castro Gaia, alguns pisos abaixo. Em meados de julho chega também a nova esplanada deste edifício, situada na frente ribeirinha junto à loja do Espaço Porto Cruz, assim como a gelataria da casa.

(Fotografia: DR)

 

Monte das Pedreiras Bar, Santa Maria da Feira

Localizado junto a uma escarpa em Fiães, Santa Maria da Feira, o MP Bar aposta em bebidas refrescantes como sangria e cervejas artesanais, além de funcionar como snack-bar. Trata-se de uma esplanada ideal para quem tem crianças, uma vez que contempla um parque de diversões infantil no jardim das traseiras. O miradouro sobre o Monte das Pedreiras, ao qual o espaço vai buscar o nome, é complementado com uns binóculos que fazem as delícias dos mais curiosos.

(Fotografia: Ricardo Dias)

 

Quiosque Popular, Lisboa

São quase dois hectares de antigos terrenos que a Câmara Municipal de Lisboa transformou no Jardim da Cerca da Graça, em 2015. No quiosque que ali está – uma alternativa ao mais concorrido e vizinho quiosque do Miradouro da Graça, trinca-se e bebe-se com vista para o Castelo de S. Jorge. Há tostas mistas, de carne assada, húmus ou de salmão e bolos caseiros de banana, mel, noz, limão e outros sabores, que são vendidos à fatia (entre 1,20 e 1,50 euros). NC

(Fotografia: Leonardo Negrão/GI)

 

Quiosque de São Pedro de Alcântara, Lisboa

A esplanada já reabriu no pós-pandemia, com o Miradouro de São Pedro de Alcântara também renovado, agora que estão terminadas as longas obras neste local junto ao Bairro Alto. No quiosque, pedem-se, por exemplo, groselhas, portos tónicos, aperol Spritz e sangrias, que aqui podem ser em versões rosé, tinta, verde, branca ou de espumante (1 litro custa 14 euros; 2 litros, 25 euros). As tostas são grandes e preparadas com pão caseiro e existem ainda 7 saladas para provar. NC

Miradouro de São Pedro de Alcântara. (Fotografia: DR)

 

Doca Lounge, Lisboa

A esplanada de Alcântara, com zona de bar, música ao vivo ocasionalmente e refeições leves, voltou a funcionar normalmente, e agora merece ainda mais uma visita com a casa mãe, a Doca de Santo, com a qual divide paredes, a celebrar os seus 25 anos. Com vista para o Tejo e a Ponte 25 de Abril, provam-se petiscos como o prego na frigideira (11,5€), chamuças de chutney de manga (3€, duas unidades) ou choco frito em tempura com maionese de alho e coentros (10,5€). NC

Doca de Santo. (Fotografia: DR)

 

Bohemian Beach Club, Costa de Caparica

O marisco fresco da costa é o cabeça de cartaz do Bohemian Beach Club, que abriu há cerca de um ano na Praia da Cabana do Pescador, com ambições de ser mais do que um típico restaurante e bar de praia, aberto o ano todo, e com um ambiente cuidado mas descontraído. À beira-mar, pedem-se massas, pizas, saladas e carnes maturadas, mas, naturalmente, o peixe e o marisco local (do lavagante azul a búzios, percebes, ostras e amêijoas), visto numa vitrine à chegada ao espaço, é o principal pilar desta casa na Margem Sul. NC

Bohemian Beach Club. (Fotografia: DR)

 

Noobai, Lisboa

“Nós vamos”, é isto que significa o crioulo “Nu bai”, adaptado para o nome Noobai para “tornar-se mais cosmopolita”, explicam os responsáveis por este que foi um dos primeiros terraço com vista a afirmar-se em Lisboa. Por estar encimado numa das sete colinas de cidade – vizinho que é do Miradouro de Santa Catarina (ou do Adamastor) – o Noobai oferece vista para os telhados laranjas de Lisboa, para os edifícios mais modernos que se estendem frente ao rio e conduz o olhar até ao Tejo, a Ponte 25 de Abril e o Cristo Rei, em Almada. Para comer, a carta é variada: tem brunches, saladas, sanduíches, pratos quentes, sopas, sugestões diárias do chef e sobremesas. Vinhos, cervejas correntes e artesanais, gins e sumos figuram entre as opções de bebidas.

(Fotografia de Nuno Pinto Fernandes/GI)

 

À Margem, Lisboa

Parece que o À Margem está sempre a céu aberto, tal não é a facilidade com que se olha a rua, de ambos os lados, quer se esteja dentro ou fora do edifício. O toldo transparente, de 15 metros, a isso ajuda. A arquitetura, assinada João Pedro Falcão de Campos e José Ricardo Vaz e inspirada no cavername de um barco, vale também uma menção pela forma como assenta na paisagem. A esplanada em si, mobilada com as emblemáticas cadeiras Gonçalo das esplanadas dos anos 1950, é também toda branca e encontra-se protegida por uma vela lateral, do lado do vento dominante, que faz com que não haja corrente de ar. Na carta, que vai sendo renovada, há opções veganas, sanduíches e pão biológico. Tudo bons pretextos para ir, e ficar, à margem do Tejo, a ver os veleiros passar ao sabor do vento e da maré.

(Fotografia de Orlando Almeida/GI)




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