Para quem não sabe o que fazer com os mais pequenos, nas férias da Páscoa que se aproximam, o Turismo de Portugal tem a solução. Estão criados vários roteiros para levar miúdos e graúdos a descobrir estruturas industriais, algumas ainda ativas, mas sempre com história para contar.
Esta agenda, a pensar na pausa letiva, integra um projeto mais vasto do Turismo de Portugal, de criar uma rede de turismo industrial. Teresa Ferreira explicou ontem, durante um workshop na Bolsa de Turismo de Lisboa, que este segmento pretende ser um instrumento de coesão do país, uma vez que não depende da sazonalidade e chega aos “territórios de baixa densidade”.
Neste momento, estão sinalizados 160 sítios, embora num primeiro levantamento tenham sido elencados 400 locais. “Chegámos aos 160 depois de uma análise mais fina, em que o critério de visitabilidade foi determinante”. Neste projeto, entram setores como a extração mineira, têxtil, metalomecânica, ourivesaria, entre muitos outros. Uma oportunidade para “contactar com produtos e processos produtivos, distintos na tradição e modernidade”. O objetivo é contribuir para ” a diversificação da oferta dos territórios e os estímulo da atividade turística”. Com esta iniciativa, o Turismo de Portugal visa que as empresas turísticas integrem este tipo de roteiros nos seus pacotes, de forma a consolidar a rede.
A aldeia mineira do Lousal. (Fotografia de Leonardo Negrão/GI)
Para o programa, que decorre de 8 a 14 de abril, a pensar na pausa letiva e nos programas em família, estão previstas dezenas de atividades de norte a sul, incluindo os Açores. No arquipélago, estão previstas visitas à Fábrica da Baleia de Porto Pim, na ilha do Faial, e ao Museu da Indústria Baleeira, na ilha do Pico. No Alentejo, um dos destaques vai para a aldeia do Lousal e para a galeria mineira Waldemar; em Ponte de Sor, o roteiro passa pela agricultura com visita à Fábrica de Moagem de Cereais e Descasque do Arroz. Mais a norte, na região da Serra da Estrela, os caminhos passam pela rota da lã, na Covilhã. Ainda no Centro, vai ser possível experimentar conduzir um comboio no simulador de condução ferroviária do Entroncamento.
Na Região Norte, os mais gulosos poderão visitar e acompanhar o fabrico dos chocolates na fábrica Avianense e os doces de Arouca. E como não podia deixar de ser, o programa integra um dos pioneiros: o Núcleo Industrial de S. João da Madeira. Este município foi um dos presentes ontem na BTL, para mostrar como foi possível criar um produto tão diferenciador num concelho com apenas oito quilómetros quadrados.
Núcleo Industrial de S. João da Madeira. (Fotografia de André Gouveia/GI)
