A batata-doce de Aljezur volta a ter um festival este mês

(Foto: Pixabay)
Depois de um ano de pausa, o Festival da Batata-Doce está de regresso a Aljezur entre os dias 26 e 28 de novembro. Este que é um dos produtos-chave da região pode ser provado na festa de várias formas e em restaurantes locais.

O Festival da Batata-Doce de Aljezur, no Algarve, vai retomar o formato presencial depois de uma interrupção em 2020 devido à pandemia de covid-19, mas ainda com algumas restrições para adaptá-lo à realidade sanitária. Em declarações à Lusa, António Carvalho, vereador da Câmara de Aljezur, que organiza o evento, disse que o levantamento das restrições sanitárias para eventos levou o município a decidir retomar o formato presencial, entre 26 e 28 de novembro, embora adaptado às normas em vigor para evitar contágios de covid-19. O Festival da Batata-doce de Aljezur decorre nos dias 26 (sexta) e 27 (sábado) das 12h às 24h e no dia 28 (domingo), das 12h às 22h.

“A batata-doce IGP [Indicação Geográfica Protegida] só existe aqui em Aljezur, é um produto de excelência e de identidade do território”, referiu, sublinhando que, depois da realização de uma feira online, no ano passado, este ano o município considerou que fazia sentido o evento voltar a abrir portas. Aquele responsável justificou a decisão de recuperar o formato presencial com a necessidade de “manter o interesse à volta da batata doce, porque tem um efeito na economia local muito interessante” e uma relação com o território daquele concelho do distrito de Faro.

“Temos forte presença de doceiras que se dedicam à batata-doce e para elas, se há alguns anos faziam isto por carolice, durante o fim de semana do festival, hoje em dia não já muitas delas têm de levar isto a sério, porque as encomendas são cada vez mais e a procura maior”, argumentou.

O festival regressa durante três dias. (Foto: Festival da Batata-Doce de Aljezur)

António Carvalho disse que o festival vai realizar-se num “espaço coberto, que dá conforto, mas que também cria uma limitação adicional, porque a partir dos 1000 visitantes é necessária a apresentação de certificado de vacinação da covid-19 ou a realização de teste à entrada”, onde estarão “equipamentos que vão ajudar a controlar acesso”.

O recinto terá capacidade para “6000 pessoas em simultâneo”, mas haverá “condicionantes”, dando o exemplo da área da alimentação, na qual “as pessoas levarão o tabuleiro para a mesa e depois, no final, o espaço será higienizado por equipas formadas para o efeito”, adiantou. A mesma fonte revelou que a limpeza e desinfeção verá o seu custo habitual de entre 15 a 20 mil euros “triplicar” para cumprir as exigências sanitárias, situação que levou a organização a deixar os restaurantes fora do recinto e apenas ter no local associações locais “com petiscos mais simples”.

No entanto, acrescentou, os restaurantes do concelho vão ter “em sua casa receitas de batata doce” para serem degustadas pelos visitantes fora do recinto, onde a animação também será “transeunte” e não estará concentrada num só local. “Na área de expositores, que também ela sofreu algumas reduções pelo facto de ainda estarmos em pandemia, temos a presença de artesanato local e tudo o que são produtos que derivam da batata doce”, referiu. A iguaria pode também ser “vendida em sacos” e apreciada “assada nos fornos de lenha existentes no espaço” ou “frita, como faziam antigamente, com canela ou sem”.




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