11 ideias para aproveitar a primavera no norte do país

Veja nesta fotogaleria como aproveitar a primavera a norte.

Na fotografia, os jardins da Quinta da Aveleda, em Penafiel.

Fotografia: Pedro Granadeiro/GI

1. Visitar Pitões das Júnias

Montalegre

Menos frequentada por turistas do que Terras de Bouro, a zona do Parque Nacional Peneda Gerês no território de Montalegre é uma boa opção para quem quer evitar multidões. De carro, do centro de Pitões das Júnias à cascata homónima, são 20 minutos. Até se pousar o olhar na queda de água com 30 metros têm de ser vencidos alguns degraus e um passadiço em madeira, mas a recompensa vale o esforço. Subidos os degraus, volta-se a descer, agora para o lado contrário. A pouco metros, num vale, encontram-se as ruínas do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, que terá sido construído no século XII e está classificado como Monumento Nacional.

Fotografia: Cristiana Milhão/GI

2. Conhecer o Parque Biológico

Vinhais

Começou por ser um projeto de reconversão ambiental de um espaço municipal degragado e tornou-se, desde 2008, um concorrido lugar para mergulhar na natureza, em especial aquela que ocorre no Parque Natural do Montesinho. O Parque Biológico de Vinhais é um recanto a apenas 3 km da vila para ir passar um dia, mas também uns dias de férias – aproveitando o confortável alojamento em bungallows equipados e cápsulas em madeira, alinhados em redor de uma piscina biológica. E ainda, claro está, o tradicional parque de campismo. Nos seus cinco hectares, não falta que fazer, entre ver animais como javalis, bovinos, galinhas, ovelhas e cabras, veados e corços; passear de bicicleta, a pé ou a cavalo; e ainda visitar dois espaços para aprender: o centro de interpretação das raças autóctones e o centro micológico.

Fotografia: Pedro Granadeiro/GI

Comer com vista n’ O Abocanhado

Terras de Bouro

É no lugar de Brufe, na zona limítrofe do Parque Nacional da Peneda-Gerês, que se ergue O Abocanhado, onde tanto se come generosos grelhados de carne local como saborosas entradas. O edifício, que soma dois prémios internacionais de arquitetura, está totalmente enquadrado na paisagem e oferece uma vista deslumbrante sobre o vale do Rio Homem. Para desfrutar dela em pleno, convém ir de dia - e vale a pena ficar para o pôr-do-sol. O nome do restaurante advém de expressões locais: ali, se o tempo abocanhou, é porque parou de chover.

Fotografia: Rui Oliveira/GI

Provar as novidades do Vai à Fava

Ponte da Barca

A chegada da primavera marca a reabertura do restaurante e loja Vai à Fava, que só funciona entre março e outubro. A carta, que inclui petiscos e pratos de cozinha contemporânea, apresenta novidades como o cocktail de camarão, a francesinha Vai à Fava ou um hambúrguer vegetariano à base de legumes e quinoa. Este lugar calmo, que tem esplanada com vista para o rio Lima e para a ponte tardo-medieval, quer-se verde; por isso, os sumos naturais passam a vir acompanhados por palhinhas comestíveis, de amido de milho, em vez de plástico.

Fotografia: Cristiana Milhão/GI

5. Visitar os ceramistas

Barcelos

No concelho de Barcelos a cerâmica, em particular o figurado e a olaria, tem um lugar de destaque entre o artesanato local. A freguesia de Galegos é a que mais artesãos tem no activo, e uma passagem pelo Posto de Turismo permite levar informação sobre onde encontrar todas as oficinas (mais de 60). É o caso da cerâmica João Coelho Silva, onde pai e filho fabricam sobretudo louça para forno decorada. Já noutra oficina os irmãos Baraça – Moisés e Vítor Gonçalves – honram a herança da avó, Ana Baraça, dando continuidade ao figurado.

Fotografia: Miguel Pereira/GI

6. Ir ao vinho e aos jardins da Aveleda

Penafiel

Para visitar esta belíssima quinta de vinho verde (que produz ainda, e guarda numa impressionante adega, uma das melhores aguardentes velhas portuguesas) não é preciso ser apreciador de vinho. Mas quem o for vai tirar todo o partido da experiência – que inclui percorrer os seus magníficos jardins de estilo inglês, onde há construções que parecem de cenário de filme fantástico, como a torre das cabras, a casa de chá e o lago, fontes e ainda vários recantos cheios de histórias ligadas a figuras ilustres que ali passaram, incluindo membros da realeza. No final, pode-se provar os vinhos verdes desta quinta que está na família Guedes há cinco gerações. À saída, pode-se passar na loja para comprar vinhos, queijos e compotas.

Fotografia: Artur Machado/GI

7. Ouvir jazz na esplanada

Porto

No Mirajazz, um terraço empoleirado sobre o Rio Douro, do Grupo Musical de Miragaia, ouvem-se concertos de jazz aos sábados e domingos à tarde, das 17h00 às 19h00. As melodias podem ser acompanhadas por um copo de vinho, uma cerveja, taças de tremoços ou azeitonas, e tostas com queijo, salmão fumado ou presunto. A entrada é sempre gratuita e sugere-se que os ouvintes cheguem, pelo menos, meia hora antes dos concertos.

Fotografia: Igor Martins/GI

8.Subir o arco da Arrábida

Porto

Desde o verão de 2016 que é possível subir os 262 degraus do arco da Ponte da Arrábida, a última sobre o Rio Douro antes deste chegar ao Atlântico. Além de dar a conhecer de perto esta importante obra do engenheiro Edgar Cardoso, inaugurada em 1963, e que a altura tinha o maior arco de betão do mundo, o projeto Porto Bridge Climb quer que os visitantes usufruam de forma diferente da cidade. Pode e deve-se levar máquina fotográfica.

Fotografia: Leonel de Castro/GI

9. Passear de moliceiro pela ria selvagem

Murtosa

José Rebelo é pescador e faz passeios turísticos de moliceiro à vela na ria de Aveiro, mas fora dos canais da cidade – é a ria mais selvagem e desconhecida, que guarda ilhas animadas por pescadores na apanha de navalhas e berbigão, ou só com uma casa, flamingos cor-de-rosa e outras aves. Pode-se navegar por ela um dia inteiro e ter sempre experiências diferentes. As partidas e chegadas dão-se no Cais do Bico, na Murtosa, embora a viagem também possa começar em Aveiro. Um sonho é como se chama, adequadamente, o barco.

Fotografia: Maria João Gala/GI

10. Apreciar camélias em Villar D´Allen

Porto

É um daqueles lugares conhecidos que a maioria das pessoas desconhece, porque, na lufa lufa da cidade, acaba por ficar fora de mão, ali às portas de Gondomar, no Freixo. E é esse o espírito do lugar, que foi comprado por João Allen para casa de lazer e que o seu filho, Alfredo Allen, agrónomo, paisagista e botânico (e vereador dos Jardins da Câmara do Porto) renovou e tornou na quinta romântica que os seus descendentes mantêm em estilo romântico, honrando o título informal de mais importante jardim de camélias da cidade. Está nesta altura a ficar carregado de flores e lá se encontram espécies raras, algumas baptizadas em honra de pessoas ilustres, dentro de cinco hectares habitados e cuidados pelo casal José Alberto e Isaura Allen. Os Allen têm ainda ali um viveiro, onde se podem comprar plantas pouco comuns, e ali vivem, numa casa cheia de móveis e objetos com séculos, onde se pode terminar a visita guiada com um vinho do porto produzido numa quinta da família.

Fotografia: Pedro Granadeiro/GI

11. Subir ao Radar Meteorológico

Arouca

O planalto da Serra da Freita é um quadro de tranquilidade e beleza que muda com as estações. Quando chega o calor, algures em fins de maio ou inícios de junho, a «serra encantada» põe o seu vestido amarelo e roxo, de urze e carqueja. E, para melhor apreciar o espetáculo natural oferecido por este território do Arouca Geopark, nada como subir à varanda panorâmica do Radar Meteorológico, um equipamento do Instituto Português do Mar e da Atmosfera instalado a mais de mil metros de altitude. Em dias limpos, vê-se desde a Figueira da Foz até ao Grande Porto.

Fotografia: Maria João Gala/GI