5 hotéis e guesthouses onde dormir em Viseu

Percorra a fotogaleria para conhecer todas as sugestões.

Casa da Sé

É um hotel de charme, de escala quase familiar, e tão cheio de detalhes que vale a pena reservar algum tempo só para os apreciar. A Casa da Sé fica junto à praça D. Duarte e nasceu graças à persistência de um antiquário apaixonado pela região, pela sua história e seus tesouros artísticos, que reabilitou um edifício do século XVIII, preservando muitas das suas riquezas. Foi como um trabalho de ourives para Agostinho Matos, que teimou em preservar paredes, escadaria e materiais, ornamentando-os depois com muitas peças artísticas, nomeadamente de arte sacra, que é a sua especialidade. O resultado é um ambiente palaciano, decorado de forma profusa porém meticulosa, com quadros do Renascimento, móveis em madeiras raras, esculturas – todos eles à venda, ali ou ainda na loja de antiguidades do rés-do-chão.

(Fotografia de Maria João Gala/GI)

Casa da Sé

Os doze quartos têm nomes de figuras ligadas a Viseu, entre elas D. Afonso Henriques,o fadista Augusto Hilário e o lendário Viriato, e estão decorados de acordo com essa inspiração. Vale a pena aproveitar a gentileza de Agostinho Matos em nos guiar pelas obras de arte da casa até ao último andar, um privilegiado miradouro sobre o centro histórico. E além de dormir em camas de madeiras nobres, pode-se tomar um chá ou vinho no final da tarde no Arcaz da Sé, o antigo armazém transformado em pequena cafetaria e loja gourmet. E jamais saltar o pequeno-almoço, que inclui bolos e compotas caseiras.

(Fotografia de Maria João Gala/GI)

Loft Guest House Jardim das Mães Charming

O nome tem várias palavras em inglês, claramente a piscar o olho aos estrangeiros que cada vez mais procuram a cidade, mas a arquitetura, a decoração e as histórias à volta deste edifício do séc. XIX dificilmente poderiam ser mais portuguesas. Viseenses. «Se deixarmos a porta aberta muita gente entra para espreitar, porque este sempre foi um edifício comunitário. Foi a casa social da igreja, sopa dos pobres. Quando começámos a construção, em 2015, ainda havia fotos dos escuteiros nas paredes», conta Joel Silva, responsável pela guesthouse, lado a lado com a mulher, Maria João Melo.

(Fotografia de Maria João Gala/GI)

Loft Guest House Jardim das Mães Charming

O objetivo inicial era fazer apartamentos para alugar, mas devido à localização – fica de frente para o bonito Jardim das Mães, junto ao Rossio – e a consequente falta de estacionamento, acabaram por optar pela hotelaria. Em boa hora o fizeram, se bem que o processo não tenha sido fácil. «Todos os dias tínhamos surpresas». Como as paredes interiores em tijolo burro, que estes dois engenheiros de formação acabaram por manter bem visíveis. Tal como muitas paredes em pedra ou as escadas em madeira. «Podíamos ter facilitado a nossa vida e optar por soluções, mais fáceis e mais em conta, mas não podíamos desperdiçar este património», confessam. Nove apartamentos com diferentes tipologias (alguns deles loft), todos com elementos contemporâneos, kitchenette com mesa de refeições, casa de banho privativa e é, claro, internet sem fios. Na há recepção. Feito o check-in os clientes têm uma chave de acesso, como se o apartamento fosse seu. Mas quer o casal quer a equipa estão disponíveis para qualquer eventualidade ou dar sugestões sobre a (sua) cidade.

(Fotografia de Maria João Gala/GI)

Charme & Alegria

Margarida Cardoso e Paulo Almeida já conheciam a casa. Há pouco mais de um ano abriram no rés-do-chão um restaurante acolhedor a que chamaram Mesa da Alegria, e, inquietos como são, já andavam de olho no resto do prédio. Chegaram a acordo com os donos e renovaram de alto a baixo o número 25 da Rua da Vitória, um edifício dos anos 1930 à beira do centro histórico. Dos dois pisos de cima fizeram três quartos e duas suites espaçosos, pautados pelo conforto sem excessos decorativos, um minimalismo de paredes brancas e cores claras que vai bem com o soalho de madeira original – ou o vão da escada, também ele de origem, que decoraram com aparadores pintados de cores garridas e referências ao mundo do vinho.

(Fotografia de Fábio Poço/GI)

Charme & Alegria

Receção e formalidades de hotel, não as há. Há, porém, pequeno-almoço incluído no preço, servido no restaurante. E dois anfitriões disponíveis para aconselhar os hóspedes em matéria de passeios pela cidade e arredores – e apaixonados pela sua cidade, como provam os projetos que trazem em mãos, dos quais falam com entusiasmo. Este ano já recuperaram a Casa dos Queijos, um restaurante clássico que abrem agora para grupos, e têm em vias de conclusão uma casa de turismo de habitação do outro lado da cidade. «E andamos a namorar uma loja para outro projeto», revela Paulo. Ideias não lhes faltam. Nem a alegria.

(Fotografia de Fábio Poço/GI)

Grão Vasco

Já lá vão mais de cinquenta anos. Inagurado em 1964, foi o primeiro grande hotel a ser construído na cidade, uma espécie de sala de visitas por onde passaram personalidades como o Rei Humberto de Itália, Frank Carlucci (ex- embaixador dos E.U.A) Marcelo Caetano, Eusébio, Amália ou até Maradona. A aura de exclusividade já não é a mesma, até pela diversidade da oferta, mas continua a manter um encanto próprio. E um ambiente sossegado, apesar dos seus 109 quartos. Tem bar e barman à antiga, restaurante de cozinha tradicional e ainda ginásio e piscina.

(Fotografia de Maria João Gala/GI)

Grão Vasco

Se a piscina exterior, em pleno outono, é apenas uma mancha azul que ornamental o jardim, a piscina interior é sempre uma mais valia numa cidade sem rio ou mar. Tem também ginásio e sauna. E uma boa localização, para quem quiser ficar no centro, mas não no coração do centro histórico.

(Fotografia de Maria João Gala/GI)

Palácio dos Melos

É um dos clássicos. Um quatro estrelas gerido pelo Montebelo Hotel & Resorts - a Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, ou o Montebelo Viseu Congress Hotel estão entre os vários hotéis do grupo - literalmente encostado à Porta do Soar e à muralha que protege a cidade desde o século XV. A construção do palácio será mesmo anterior à da própria muralha. Mas esta localização não o transformou apenas num dos hotéis mais centrais de Viseu, ajudou também a definir a sua essência.

(Fotografia de Paulo Spranger/GI)

Palácio dos Melos

Aqui respiram-se outros tempos, respeita-se a traça antiga. O pavimento original no hall de entrada, os tectos, as janelas, as paredes em cantaria, são apenas alguns dos muitos e bons exemplos, de onde se destacam também a sobriedade das áreas e salas comuns, sem grande pormenores contemporâneos e cedência a modas. Não se confunda, contudo, com austeridade ou falta de conforto. Os quartos (28 no total) são tão espaçosos quanto confortáveis e, lá no topo há um bar com terraço que empresta uma dose extra de charme. Tem acesso ao topo da muralha e vista para a zona histórica. Tudo a dois minutos a pé da Sé e do Museu Grão Vasco e a dois passos do Largo Pintor Gata - largo pequeno, pacato, mas com vida de dia e de noite.

(Fotografia de Paulo Spranger/GI)