Casas do Côro, Marialva
Descanso numa aldeia histórica
Há mais de duas décadas, em Marialva, uma das 12 aldeias históricas nacionais, as Casas do Côro nascera com apenas seis quartos. Hoje, têm mais de 30 quartos e suites, em casas recuperadas, que mostram o crescimento do projeto. Em sete das suites duplas, existem lareiras abertas (desde 315 euros/noite), feiras em pedra e salamandras com portas de vidro, viradas para a zona de cama ou sofá (ou para ambas), todas a lenha.
Um detalhe que faz diferença nos cenários serranos e no inverno rigoroso da Beira Alta. “Temos pedidos específicos de pessoas que querem as suites com lareira”, explica Paulo Romão, diretor deste turismo rural. Um conforto que não está associado apenas ao Dia dos Namorados. “É algo apelativo que as pessoas pedem durante todo o inverno”, adianta. Todas as suites com lareira têm instruções de segurança e apela-se, claro, ao bom senso, como não deixar lume aceso durante a noite.
A pitoresca aldeia de Marialva serve de vista em todos os quartos e suites, todos equipados com zona exterior em deck. Um dos pontos panorâmicos é o ex-líbris da aldeia beirã, o castelo, reconstruído por D. Sancho I em 1200 e ampliado depois por ordem do rei D. Dinis. Os tempos de ócio podem passar também pela zona de spa das Casas do Côro, onde há, por exemplo, sauna, banho turco, piscina interior e salas de massagens.
Convento do Seixo Boutique Hotel & Spa, Fundão
Noites na serra beirã
No coração da Serra da Gardunha, as ruínas do Convento de Santo António, também conhecido como Ermida de Nossa Senhora do Seixo, construído no Fundão há cinco séculos, ganharam nova vida no verão de 2018, quando o Convento do Seixo Boutique Hotel & Spa se tornou no primeiro hotel cinco estrelas do distrito de Castelo Branco. Versatilidade é palavra de ordem por estes lados, com 20 quartos e suites e quatro villas exteriores ao edifício (com kitchenette e sala com sofá-cama), dos quais se avistam as encostas serranas e os jardins em redor.
Nos meses frios, três das quatro villas (até quatro pessoas), dois quartos duplos e a Suite King Deluxe ganham realce extra, com salamandras envidraçadas e a lenha, com acendalhas ecológicas (desde 157 euros, em reserva direta com o hotel). O kit para as acender nunca fica nos quartos, a pensar nos mais novos, e é pedido ao staff do hotel quando é necessário aquecer.
“A Beira sugere conforto, lareira, boa comida. Quem nos visita já vem com esta ideia. Há clientes que ainda nem está muito frio e já pedem para acender a lareira”, explica Marília Hilário, diretora da unidade. “É algo romântico, às vezes usam para surpreender [o parceiro]”, adianta.
O restante tempo pode ser passado na zona de spa, com piscina de circuito de águas, jacuzzi, sala de haloterapia e sala de massagens; na piscina exterior; no campo de padel, para os amantes de desporto; no restaurante Pecado, onde se dá primazia à cozinha beirã; ou no bar XVI, onde se servem cocktails clássicos e de assinatura.
Casas da Lupa, Zambujeira do Mar
Aquecer na costa alentejana
Em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, as Casas da Lupa vieram reforçar o turismo de natureza no litoral alentejano, junto à Zambujeira do Mar, há mais de uma década, celebrada no verão passado. O turismo de mar e praia é um grande chamariz desta zona, mas também é bastante procurada no inverno.
Nas quatro master suites do alojamento (três destas com piscina e terraço privados) e nas quatro suites-alpendre, todas para duas pessoas mas com possibilidade de cama-extra, há lareiras a lenha visíveis da cama, até porque se tratam de open spaces. “As pessoas adoram. Até no verão, às vezes pedem-me para acender a lareira”, conta Conceição Branco, responsável pelo projeto. Estas suites com lareira (desde 150 euros/noite), de resto, são as mais procuradas, até pela maior dimensão, em relação aos quartos duplos.
Nas master suites, chega a avistar-se o mar. O mesmo que inspira a gastronomia desta zona costeira. Além dos restaurantes, o tempo pode passar-se em atividades sugeridas como passeios a cavalo, pesca desportiva, piqueniques no campo e na praia, trilhos da Rota Vicentina, prova de vinhos ou passeios de bicicleta, por exemplo. “Ou então a não fazer nada, que é o que nos faz melhor”, ri-se a proprietária.
Luz Charming Houses, Fátima
Um refúgio ribatejano
Durante o verão, a piscina exterior e aquecida é o local onde se reúnem os hóspedes, em zona de deck, com apoio de bar e sombra de árvores, mas nos meses mais frios, o destaque na Luz Charming Houses, que abriu no centro de Fátima em 2015, vai para as duas suites que têm lareira a lenha com portas envidraçadas (desde 230 euros/noite).
É o caso da Suite Superior (até quatro pessoas, com zona de estar e kitchenette, sendo que nesta chega a avistar-se a lareira da cama) e da Master Suite (até seis pessoas, acresce terraço), que muitas pessoas pedem de propósito por esta altura, conta a equipa do hotel. As mantas espalhadas pelos aposentos (onde se incluem um total de dezena e meia de quartos) ajudam também a criar o ambiente de aconchego no inverno.
Quando não chove, também se acendem lareiras numa zona exterior junto ao restaurante, o Terra Rosa (cozinha de autor, mas com inspiração tradicional portuguesa, aberto ao público geral desde 2022), e na sala de estar comum do edifício principal. O ano inteiro, sugerem-se atividades como aulas de ioga, pilates e olaria, por exemplo, ou passeios a cavalo em parceria com um centro hípico vizinho.
Torel Avantgarde, Porto
Uma suite com vista-Douro
No boutique hotel cinco estrelas, que abriu há cinco anos no Porto, os quartos e suites são todos inspirados em figuras que marcaram a arte avant-garde, do cinema à literatura, ciência e design, como Francis Bacon, Amadeu Souza-Cardoso, Alberto Giacometti ou a dupla Charles e Ray Eames.
No caso da Maisonette, a suite mais luxuosa do Torel Avantgarde (desde 749 euros), com capacidade até quatro pessoas e área de 70 metros quadrados, a homenagem faz-se a Alfred Hitchcock, com painéis em azul pastel e cinzento que retratam não só o rosto do aclamado cineasta, como cenas icónicas da sua aplaudida obra, como são os casos de “Os Pássaros” ou “Psycho”.
A decoração é clássica e sombria, ou não se estivesse a falar do “mestre do suspense”, mas é salpicada com pedaços de regozijo – leia-se o jardim privado com piscina aquecida e espreguiçadeiras e o jacuzzi com vista para o rio Douro, mas também a lareira moderna, companhia para as noites frias, a meio caminho entre a zona de estar e de dormir. Tem comanda para ligar/desligar à distância e controlo da dimensão da chama.
Quando a fome apertar, o restaurante do hotel, o Tenro by Digby, aposta nas carnes maturadas, além de pratos de peixe e vegetarianos em alternativa, sem perder o Douro de vista. A zona de spa, a piscina exterior comum, o ginásio e atividades como aulas de ioga reforçam a oferta do hotel portuense. Importa referir ainda que, neste hotel da Invicta, as Royal Suites também têm lareira.
The Yeatman, Vila Nova de Gaia
Suites Icónicas viradas para o Douro
No cinco estrelas gaiense, aberto há mais de duas décadas e virado para o Douro e para a Ribeira do Porto, as três Suites Icónicas – as melhores do hotel – estão equipadas com lareira. A Suite Bacchus (desde 1035 euros), um open space no nono piso, tem uma lareira a gás, em formato de recuperador. Quem aqui dormir, dispõe ainda de dois terraços, um fechado e um aberto, ao ar livre. No caso do primeiro, com vista Porto e Douro, existe uma zona de estar com outro recuperador a lenha.
No quinto piso, a Suite Presidencial (que existe desde 2018, aquando da ampliação do hotel) tem uma lareira elétrica mais moderna, embutida numa parede na zona de estar. Esta é a melhor suite do The Yeatman (desde 2415 euros), com dois quartos, terraço exterior, piscina privada e jardim com zona de fire pit a gás. Por fim, a Artist Suite (que reforçou a oferta do hotel em 2015), no sétimo piso, tem lareira elétrica em mármore preto, emoldurada em madeira lacada a branco (desde 870 euros).
O cinco estrelas de Gaia explica que “as lareiras são muito apreciadas pelos clientes” e que estes mesmos costumam perguntar, sobretudo durante os meses mais frios, sobre quartos com lareira, durante a reserva. A piscina exterior panorâmica, uma segunda interior, a zona de spa, e claro, o restaurante homónimo liderado pelo chef Ricardo Costa, detentor de duas estrelas Michelin, são algumas das restantes atrações deste hotel.
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