No Lavandeira Douro, em Baião, há luxo e cozinha regional entre as serras

As Brandas Terrace são a tipologia máxima do hotel. (Fotografia: DR)
Bem-estar, natureza e gastronomia são os pilares do Lavandeira Douro Nature & Wellness, um resort ladeado pelo rio Ovil e repleto de vinhedos, perto da aldeia de Ancede. Uma estada para todo o ano, que convida literalmente a tomar um banho de pura natureza.

Corridas as cortinas ao tocar num interruptor na cama, tudo que se vê ao acordar na Branda Terrace é uma mancha de pinheiros e árvores mediterrânicas que parecem querer inundar o quarto – e algumas entram mesmo dentro da varanda -, em absoluto contraste com a cor do revestimento do interior, em madeira de pinho. Por ter duas casas de banho e uma sala com sofá-cama, esta tipologia pode levar até dois adultos e duas crianças. O exterior com linhas curvas e vidraças até ao teto, de aspeto futurista, é revestido com madeira de freixo francês.

Desenhadas pelo arquiteto Fernando Coelho (autor do premiado Cella Bar, nos Açores), as Brandas Terrace e Balcony (mais pequenas) são a tipologia de topo do Lavandeira Douro Nature & Wellness, que na última fase deverá ter 40 alojamentos diferentes. Instalado num terreno com quase 12 hectares, o resort é um projeto ainda em curso, iniciado há 13 anos por Alexandra Leite, relações públicas, e Carlos Gomes, economista, a partir de uma casa senhorial duriense do século XVIII, que cedo se transformou num alojamento para eventos.

O enorme pavilhão em madeira evoca as centenas de casamentos que o casal organizou, antes de apostar a sério na vertente hoteleira, confiando a gestão à Unlock Boutique Hotels. Natural de Campelo, uma vila no centro do concelho, Carlos há muito que queria produzir o próprio vinho, daí que a Lavandeira tenha também seis hectares das castas arinto, avesso e chardonnay, típicas da região dos Vinhos Verdes. A enologia é de Rui Cunha, “enólogo do ano 2022” pela Revista de Vinhos, e prova-se no restaurante, enquanto a adega é ultimada.

Batizado com o nome de um dos cavalos da quinta, o Elmo conservou a estrutura do antigo armazém agrícola e foi decorado pelo designer de interiores Paulo Lobo, projetando-se para um enorme terraço/esplanada sobre as vinhas. A cozinha é regional e o chef amarantino de 30 anos Paulo Magalhães explica porquê. “Pegámos no receituário tradicional porque o que é realmente português está-se a perder”. Há moelas picantes, caldo verde com vinho tinto, anho assado bem guarnecido, feijoada e cortes de carne grelhada entre as muitas opções.

Da cozinha do chef – cujos hortícolas são ali produzidos em regime biológico – saem ainda pratos de bacalhau e propostas criativas no empratamento, como cozidinhos à portuguesa para comer com pauzinhos e waffle de patanisca com molho de manjericão e sorvete de limão. O serviço é clássico e atencioso. Da região, figura também o típico frango dourado, prato que Eça de Queirós provou na sua primeira visita a Baião e que hoje é um ex-líbris da Casa de Tormes. Além dos vinhos, o azeite extra virgem da Lavandeira tempera a refeição.

Nos tempos livres, os hóspedes podem caminhar pelos 2,5 quilómetros de passadiços que seguem o rio Ovil, afluente do Douro que vai desaguar em Baião, e apreciar a fauna e flora. Pedalar é outro dos passatempos, tal como nadar na piscina-lago (desativada no inverno), na piscina interior com hidromassagem, e passar uns minutos na sauna e no banho turco. O ginásio é outro dos equipamentos. Já as massagens e os tratamentos de spa exploram as caraterísticas antioxidantes e rejuvenescedoras do vinho e estão disponíveis para visitantes.

 

Lavandeira Douro Nature & Wellness
Rua da Lavandeira, Ancede (Baião)
Tel.: 910 905 085/910 905 093
Web: lavandeiradouro.com
Quartos duplos a partir de 107 euros/noite; brandas a partir de 240 euros/noite (valores com
pequeno-almoço, em época baixa).




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