Casa de Belharino, um refúgio sem pressas no planalto mirandês

Na Casa de Belharino, a família Domingues convida a aproveitar o sossego do planalto. (Fotografia: DR)
Na Casa de Belharino o tempo parece ter outro ritmo, propício ao descanso e a sestas ociosas sob uma árvore. O convite que a família Domingues faz é mesmo esse, o de ir sem pressas para aproveitar a serenidade do planalto e simplesmente estar.

As memórias de infância dos pais de Ana Domingues têm como cenário a aldeia de Genísio, no planalto mirandês. As de Ana e do irmão também, sobretudo os verões na casa dos avós paternos. Era por isso um sonho voltar às raízes e transformar a casa onde cresceram num refúgio, e assim nasceu a Casa de Belharino. Cada uma das oito suítes (duas delas superiores, com uma pequena zona de leitura) foi batizada com expressões populares portuguesas, e a decoração de toda a casa combina peças evocativas da vida rural e das tradições da região, com uma simplicidade elegante, que transmite conforto.

 

As antigas peneiras e crivos utilizados nas lides da propriedade estão nas paredes do quarto “Deixa-te de peneiras”, e trilhos de vários tamanhos (estrados em madeira com dentes de ferro, puxados pelo gado para debulhar cereais) adornam recantos da casa; máscaras tradicionais transmontanas, esculpidas por um artesão local são o elemento central do “Ó caraças!”, e no “Bê-a-Bá” foi recriada a antiga escola da aldeia, com brinquedos em madeira, lousas, uma secretária, livros de histórias em mirandês e mapas antigos de Portugal.

 

“Tentámos trazer um bocadinho daquilo que já existia na casa ou na região e dar-lhe alguma modernidade, sem ser demasiado. Queríamos transmitir todo este sossego que se vive aqui à volta”, explica Ana. “O tempo passa num ritmo um bocadinho diferente aqui na aldeia, e queremos que as pessoas venham e vivam sem pressas. Por isso, a principal atividade que promovemos é o ‘fazer nada’, é mesmo para desligar, para aproveitar a piscina, o pequeno-almoço com produtos da região e com as compotas da minha mãe e os morangos da horta”, recomenda. Irene e Francisco, os pais de Ana, vivem numa parte privada da casa, e são quem recebe os visitantes.

Casa de Belharino (Fotografia: DR)

 

Há bicicletas à disposição e a cama de rede à sombra de uma árvore convida a uma sesta. Ao final do dia, a família prepara tábuas de enchidos e queijos para picar. Por mais que a filosofia seja o “não fazer nada”, também recomendam que os hóspedes saiam à descoberta do muito que a região tem para oferecer.

Miradouros, burros e passeios de barco
O planalto mirandês é agraciado por paisagens deslumbrantes que se abrem de muitos miradouros pelas aldeias ao redor. Com uma pequena viagem a Miranda do Douro (20 minutos de carro) pode-se ainda conhecer os burros de Miranda e as imponentes arribas do Douro, através de um passeio de barco.

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Mapa da ficha ténica
Morada
Rua de São Ciríaco, Genísio Miranda do Douro
Telefone
916645974
Custo
() Preço: quarto duplo a partir de 90 euros por noite (com pequeno-almoço)


GPS
Latitude : 39.3999
Longitude : -8.2245




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