Dentro da Son of a Gun, aberta desde dezembro do ano passado na Rua de Mouzinho da Silveira, as paredes brancas fazem sobressair as peças coloridas que cobrem as cruzetas, dispostas quase ao milímetro, nos dois pisos do espaço. Ali, tal como na loja de Lisboa, vendem-se peças de roupa, bem como acessórios e calçado, de marcas de streetwear, portuguesas e estrangeiras, cuidadosamente selecionadas por Francisco Rosado, de 27 anos.
O piso inferior da Son of a Gun. (Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)
O designer abriu o primeiro espaço há sete anos, no Bairro Alto e, na altura, «não havia muitas lojas deste género», conta Francisco. E das poucas que havia, «quase nenhuma» vendia as marcas que estão hoje representadas na SOG. Entretanto, em 2016, a loja passou para o Chiado e, no ano passado, Francisco realizou um dos seus desejos, ao abrir uma segunda morada no Porto.
Quem passa a entrada do número 89 encontra t-shirts, sweats, casacos, calças, calções, bonés e chapéus de marcas como a californiana Stüssy, uma das primeiras a surgir neste segmento, na década de 1980, a Billionaire Boys Club, uma das linhas de roupa criada pelos músicos Pharrell Williams e Nigo, e a americana Patagonia, mais direcionada para desporto e ar livre, ali representada em exclusivo. Roupa para mulher também a há, sobretudo da Stüssy, Carhartt, Champion e Karl Kani.
As insíginias nacionais presentes são a algarvia Selva e a Son of a Gun, desenhada por Francisco e alguns colegas, inteiramente produzida em Portugal e com a ambição de se tornar uma referência no panorama nacional e internacional de streetwear. As coleções querem-se pequenas e o objetivo é lançar quatro por ano, uma a cada estação. Para os meses frios, Francisco adianta que haverá «casacos impermeáveis e peças mais técnicas». A seu tempo, a Son of a Gun poderá crescer para fora do país.
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