Cinco casas tradicionais para comprar bacalhau (e muito mais), em Braga, no Porto e em Lisboa

Casa Natal, Porto. (Fotografia: Leonel de Castro/Global Imagens)
Têm décadas de existência e são ponto de passagem obrigatório para muitos, nesta altura, para comprar o "fiel amigo". Mas depois de se entrar nestas encantadoras lojas de comércio tradicional, é difícil não levar mais nada.

Mercado São João, Braga

(Fotografia: Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens)

Não há, em Braga, maior autoridade em matéria de bom bacalhau. O Mercado São João instalou-se numa rua nas traseiras da Sé em 1894, e ao longo dos anos tem vindo a especializar-se no serviço do fiel amigo, que ali chega da Islândia, Noruega e Canadá. A seleção de pescado também inclui o célebre bacalhau de cura amarela, e para ajudar na escolha pode contar-se com a experiência e perícia de Manuel Machado, há mais de 60 anos no ofício, metade dos quais ao comando desta casa histórica. O stock já está reforçado para o Natal, com exemplares da grande qualidade, como um lote vintage com 20 meses de cura, cortados e embrulhados na hora. Pelas prateleiras distribui-se ainda mercearia fina e uma garrafeira assinalável. AC

Pretinho do Japão, Porto

(Fotografia: Leonel de Castro/Global Imagens)

Apesar de estar fortemente associado ao café e aos frutos secos, o bacalhau é, há muito, uma das especialidades do Pretinho do Japão. Ali não há mãos a medir, e chegando-se a esta altura, reforçam-se as opções. Inteiros, do graúdo ao Jumbo +, vindos da Islândia, da Noruega e das Ilhas Faroé, com cura amarela, e em diferentes cortes, como postas, rabos, caras, badanas, samos, línguas, esfiado, lombos e cabeços, dois cortes que saem praticamente todos os dias. Vintage só por encomenda. Entre os cerca de 700 produtos, encontra-se também frutos secos, frutas desidratadas, chá, chocolates, azeite e vinho. ALS

Casa Natal, Porto

(Fotografia: Leonel de Castro/Global Imagens)

O nome desta mercearia na Rua de Fernandes Tomás é, precisamente, “inspirado na tipificação de mercadorias que se vendiam pelo Natal: azeite e bacalhau”, conta Nuno Rocha, proprietário. Há 120 anos que o peixe de águas frias é ali vendido, sendo já a casa conhecida pelo “bom bacalhau”, que é um dos produtos cujas vendas se mantém estáveis todo o ano. A incerteza do que ainda aí vem fez com que o stock não fosse tão grande como nos outros anos, mas não falta nada: há bacalhau da Noruega, da Islândia e das Ilhas Faroé, de cura inglesa e de cura amarela. Até ainda um lote vintage numerado, proveniente da Islândia, com 20 meses de cura, para quem procura algo especial. A oferta inclui ainda bacalhau com curas mais breves de dois e três meses, e de oito a dez, bem como azeite, vinho, fumeiro, chocolates, frutos secos, queijos e conservas. ALS

Manteigaria Silva, Lisboa

(Fotografia: Sara Matos/Global Imagens)

Detentora do dístico municipal Lojas com História, a Manteigaria Silva pode orgulhar-se de já ter servido todas as gerações de portugueses desde o tempo da Monarquia Constitucional. Nunca perdeu fôlego, e especializou-se em produtos portugueses como o bacalhau. O que vende é apanhado na Islândia, onde é escalado ainda a bordo, e sujeito à cura tradicional portuguesa, de no mínimo seis meses. Os mais exigentes encontram também um lote vintage com 20 meses de cura. À boa maneira do comércio tradicional, o bacalhau é cortado manualmente, pesado e embrulhado em papel pardo e cordel, para manter a humidade e as características. AR

Pérola do Arsenal, Lisboa

(Fotografia: Ana Pereira da Costa/Global Imagens)

Há mais de duas décadas que é Rui Bértolo, de 59 anos, quem corta o bacalhau nas mesas de mármore originais da mercearia Pérola do Arsenal. O espaço existe há quase 90, e se cresceu em tamanho e oferta de produtos ao longo dos anos, a verdade é que manteve protagonista o bacalhau oriundo da Islândia e de vários tamanhos. À entrada, vendem-se também caixas de línguas, caras, sames, bochechas e demais partes do bacalhau. “Em dezembro as pessoas compram sempre mais, até quatro a cinco dias antes do Natal”, diz o funcionário. AR




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