O Zazah tornou-se um pouco mais português desde que o chef Moisés Franco introduziu novos pratos na carta. Em destaque está o prato Descobertas, que simboliza o espírito aventureiro dos portugueses através da junção de carabineiro, polvo grelhado, chouriço, batatas, coentros, alho, cebola e pimentos vermelhos.
“O nosso conceito é usar produtos locais para fazer uma cozinha internacional”, explica Moisés Franco, ele que está aos comandos da cozinha do Zazah desde o primeiro dia. Natural do Rio de Janeiro e com 32 anos – cinco dos quais vividos em Lisboa -, passou antes pelas casas A Travessa, Boca Café, Belcanto e Bairro do Avillez. O seu trabalho é, portanto, um somatório de experiências.
Sem deixar Portugal perdido no horizonte, as suas inspirações levaram-no também até ao México, traduzindo-se nuns novos taquitos de atum dos Açores (servidos em duas unidades). O peixe é cortado em pequenos pedaços, marinado em paprika doce e surge numa combinação de lima, coentros, cebola roxa e chili. A massa do taco é crocante, o que obriga a comer tudo com perícia.
Já os amantes de carne são capazes de apreciar o novo chuleton galego de 500 gramas, maturado, grelhado e temperado com azeite de alho e flor de sal. Ou, em alternativa, o escondidinho de bacalhau. No final, vale a pena guardar espaço para as sobremesas: uma nova mousse de chocolate vegan, um tartar de ananás e uma baba de camelo feita de creme de leite condensado, caramelo, flor de sal e amendoim. Esta sim, pecaminosa.
Aposta nos cocktails
As novidades do Zazah estendem-se também ao balcão de bar, onde trabalha o carioca Pedro Poggio. Nascido em Niterói e criado em Búzios, Poggio iniciou-se nas lides de bar aos 15 anos, dedicando-se a partir daí a várias formações e somando experiências em cozinhas de chefs.
O mixologista aposta na utilização de ingredientes frescos, frutas e especiarias e em técnicas de clarificação e fermentação natural para criar combinações atípicas. Servem de exemplo o cocktail Beetroot Bramble, que reinventa o Bramble clássico dos anos 1980 com um cordial de beterraba em vez do tradicional creme de amoras.
Pedro Poggio faz também o Paloma (um clássico espanhol difundido no México) com tequila infusionada com manga, puré de toranja, ginger ale, sal de casca de laranja e canela. As práticas do bartender são consideradas sustentáveis, uma vez que permitem utilizar a quase totalidade dos produtos (frutas, por exemplo).
O Zazah encontra-se de momento encerrado e reabre dia 17 de fevereiro, segundo informação publicada na página oficial no Facebook.
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