No néon amarelo na parede lê-se Tasco Force, um nome que à luz dos tempos atuais poderia soar a um trocadilho com a “task force” da vacinação. Nuno Garuti, lisboeta de 44 anos, desmistifica a relação (o restaurante abriu um ano antes da pandemia), mas foram, de facto, os petiscos e o pátio traseiro escondido que fizeram a força deste restaurante nos tempos mais conturbados da pandemia.
Durante o processo confina-desconfina, “o jardim foi o que salvou o restaurante”, atira o responsável do Tasco Force, com cerca de 20 lugares em duas salas e muitos mais no pátio que se abre no final do corredor. Jardim de inverno e retiro de verão, tem limoeiros, laranjeiras, tangerineiras, iluminação festiva e é por ali que a maioria dos clientes se distribui para petiscar e almoçar por 10 euros.
O jardim escondido fica nas traseiras do restaurante. (Fotografia de Leonardo Negrão/GI)
Disponível de quarta a sexta das 12h às 15h30, o menu inclui couvert (pão, manteiga, azeite e patê), sopa, prato principal, sobremesa, bebida (cerveja, vinho a copo, água ou sumo) e café. Os pratos têm o cunho de Nuno, ele que ao fim de uma década de fotojornalismo de desporto ao serviço dos jornais O Jogo e A Bola, cansado da profissão, virou-se para a cozinha, de que sempre gostou.
À quarta e quinta entre as 17h e as 19h, para animar o Tasco Force, há uma “happy hour” com imperiais a um euro e bebidas brancas a metade do preço.
“O gosto pela cozinha veio dos meus pais. Quando saí do fotojornalismo, em 2010, fui tirar um curso de Cozinha na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. Depois passei pelo Fortaleza do Guincho, Hotel Palácio Estoril, fiz a abertura do Myriad e ainda estive noutros restaurantes”. No Tasco Force há opções diferentes todos os dias relativamente ao prato principal de carne, peixe ou vegetariano.
Nuno Garuti é o dono e cozinheiro do espaço. (Fotografia de Leonardo Negrão/GI)
Citem-se alguns exemplos: bacalhau à brás, strogonoff de frango, caril de frango e de lulas, muamba, feijoada, bifes de frango panados, filetes de pescada. Por norma, tudo acompanhado por salada, arroz ou batata. Na oferta vegetariana costuma haver crepes de vegetais, legumes à brás, moussaka vegetariana e caril de legumes, entre outras opções. Em paralelo, há sempre uma vasta carta de petiscos.
O foco na vertente petisqueira foi não só uma resposta aos novos tempos, como também uma adaptação ao espaço diminuto da cozinha. Muito pedidos ao jantar, há desde bochechas de coentrada a cogumelos salteados, passando por peixinhos da horta, polvo panado, camarão à guilho, ovos com espargos, ovos com farinheira de porco preto, pica-pau do lombo, desfolhada de bacalhau e tábuas para partilhar.
O menu de almoço é completo e custa 10 euros. (Fotografia de Leonardo Negrão/GI)
O MENU
Menu do dia…10 euros
Inclui couvert, sopa, prato do dia, bebida, sobremesa e café.
Especialidades: pica-pau do lombo, polvo panado, ovos com farinheira de porco
preto, peixinhos da horta.
Sobremesas: brownie mojito e mousse de chocolate 85%.
Longitude : -8.2245
