Saiba como fazer um gaspacho de cerejas com sardinha

Os caldos frios que nos revigoram quando a canícula aperta agradam tanto aos que procuram a diferença quanto aos que advogam a tradição. O génio do chef Gonçalo Costa, do restaurante Tágide, em Lisboa, torna simples para nós uma das suas receitas-emblema.

Receita de gaspacho de cerejas do Fundão com sardinha e queijo de cabra das Beiras
(4 pessoas)

Para o gaspacho:

– 100 g de pepino
– 100 g de pão
– 50 g de chalota
– 150 g tomate maduro
– 500 g de cereja
– 150 ml de azeite
– 50 ml de vinagre de cidra
– Sal
– Açúcar

Tosta de Sardinha:

– 4 filete de sardinha sem espinha
– 4 tostas de pão finas
– 30 g de queijo de cabra amanteigado

Corte grosseiramente todos os elementos do gaspacho, envolva o azeite o vinagre o sal o açúcar, e deixe macerar tapado no frigorífico cerca de 8 horas.
Triture tudo e passe pelo coador.

Para servir, coloque um pouco de queijo na tosta, braseie a sardinha com um fio de azeite, e coloque sobre a tosta.
Sirva o gaspacho num prato de sopa com cubinhos de pepino e a tosta a acompanhar.
Crónica de Fernando Melo:

Temos o nosso, de matriz alentejana, que consiste em migar em brunesa apertada legumes crus e servir sobre um piso frio de alho e sal com água, vinagre e azeite, mas mesmo esse há muito deu lugar ao gaspacho andaluz, de base de tomate maduro triturado. O gaspacho é uma sopa fria vermelha, no entender de todos, e foi a isso que o chef Gonçalo Costa, do lisboeta Tágide, foi sensível ao imaginar este-outro, de base de cereja. Podia pensar-se que se trata de uma sobremesa, mas não é, muito pelo contrário, já que traz a cereja para o capítulo inicial da refeição. Terá contribuído para chegar a esta solução a liberdade de pensamento que o Brasil lhe deu ao, juntamente com a sua mulher, marcar presença no gosto brasileiro com a sedução de que o sabor português é capaz. A maceração dos legumes cortados no frio de um dia para o outro amacia-os e prepara-os para, com a gloriosa cereja do Fundão, produzir um creme gelado que vamos mesmo querer fazer em casa e ter à mão no frigorífico. Agrada a todos, novos e velhos e configura caldo vegetariano flexível e capaz. O chef Costa vai ainda mais longe, ao propor serviço com sardinha como se faz no Alentejo profundo, e acrescentando queijo de cabra, macio e delicado, para criar textura no palato. Irresistível para fazer e adaptar a gosto. Boas experiências!




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