Restaurante Prado e chef João Rodrigues lideram prémios Mesa Marcada

O chef João Rodrigues. (Fotografia: DR)
O restaurante lisboeta Prado conquistou o primeiro lugar dos prémios de gastronomia Mesa Marcada, enquanto João Rodrigues voltou a ser o chefe preferido, anunciou a organização.

Na edição deste ano, que marca o 15.º aniversário dos prémios do blogue com o mesmo nome, o restaurante liderado por António Galapito atingiu o primeiro lugar, depois de em 2020 e 2021 ter ficado em segundo na lista dos 10 preferidos.

O Ocean (duas estrelas Michelin), do austríaco Hans Neuner, primeiro classificado no ano passado, desceu agora uma posição na tabela, que regista, como nova entrada, o restaurante Cozinha das Flores (Porto), de Nuno Mendes, no nono lugar, e que recebeu o Prémio Especial Sogrape Restaurante Novo do Ano.

Por sua vez, João Rodrigues (Canalha, Lisboa, e projeto itinerante Residência) voltou a liderar a lista dos chefes preferidos – um posto que ocupou por seis anos consecutivos quando chefiava o Feitoria (Lisboa, uma estrela Michelin). O novo restaurante de João Rodrigues, inaugurado no ano passado na capital, venceu o Prémio Especial Queijo São Jorge DOP Mesa Diária 2023, que premeia o melhor restaurante de preço acessível.

O segundo classificado na lista dos chefes foi Vasco Coelho dos Santos (Euskalduna, Porto, uma estrela Michelin), que tinha ficado em primeiro lugar no ano passado.

O chefe Rui Paula (Casa de Chá da Boa Nova, Leça da Palmeira, duas estrelas), que está a comemorar 30 anos de carreira, recebeu o Prémio Especial Cutipol Carreira – um galardão que já tinha sido anunciado previamente, bem como o Prémio Especial Maria José Macedo Produtor/Fornecedor do Ano 2023, entregue à Herdade do Freixo do Meio (Montemor-o-Novo). “Portugal é um imenso restaurante. Culturalmente, a gastronomia é o que mais nos define”, afirmou, ao receber a distinção.

Na lista dos restaurantes, outra novidade é o Vista (Portimão, uma estrela Michelin), do chefe João Oliveira, que subiu 12 posições para o oitavo lugar, arrecadando o Prémio Especial Estrella Damm Destaque do Ano. Do mesmo restaurante, o responsável pela pastelaria, Fábio Quiraz, venceu o Prémio Especial Roastelier by Nescafé Chefe de Pastelaria 2023.

O chefe Gil Fernandes (Fortaleza do Guincho, uma estrela Michelin) subiu 24 posições, alcançando o 16.º lugar na votação geral, o que lhe mereceu o Prémio Especial Makro Chefe Revelação do Ano.

Nos prémios especiais, há dois “repetentes”: a Comida Independente, de Rita Santos, em Lisboa, que voltou a ganhar o Prémio Especial Bom Sucesso Loja Gastronómica do Ano (pela terceira vez consecutiva), assim como o festival Chefs on Fire, da Lohad, de Gonçalo Castel-Branco, que conquistou o Prémio Especial Nutrifresco Evento Gastronómico do Ano, tal como no ano passado.

A edição deste ano, a maior de sempre, contou com novas categorias de prémios, “recebidas com entusiasmo pelo setor”: o Prémio Especial Don Julio Bar do Ano, atribuído ao Red Frog, de Paulo Gomes e Emanuel Minez, e o Prémio Especial Johnnie Walker Bar de Restaurante do Ano, para o Rossio Gastrobar (Hotel Altis Avenida), que tem como bartender Flavi Andrade.

Os profissionais de sala também são abrangidos: o Prémio Especial NX Store Serviço de Sala do Ano foi entregue ao The Yeatman, em Vila Nova de Gaia, liderado por Pedro Marques, enquanto Daniel Silva (Essencial, Lisboa) recebeu o Prémio Especial S. Pellegrino/Acqua Panna Escanção de 2023.

Os restaurantes “clássicos”, que atraem clientes fiéis há pelo menos 25 anos, também merecem uma distinção: nesta edição, o Prémio Especial Miele Restaurante Clássico do Ano foi atribuído ao célebre Fialho, em Évora, hoje dirigido por Helena e Rui Fialho, filhos dos fundadores.

Paula Amorim e Miguel Guedes de Sousa, do Amorim Luxury Group, responsáveis pelo universo JNcQUOI, em Lisboa, receberam o Prémio Especial NX Hotelaria Empresário de Restauração 2023. Já o Prémio Especial Studioneves de Sustentabilidade foi para o restaurante Vale Abraão do Hotel Six Senses Douro Valley (Samodães, Lamego), na categoria Ambiente Rural e, em Ambiente Urbano, o restaurante Em Carne Viva (Porto).

Esta foi a maior edição de sempre dos prémios Mesa Marcada, contando com 280 votantes, um número inédito, entre chefes de cozinha e outros profissionais ligados à área da restauração e da indústria da hospitalidade, bem como jornalistas e outros comunicadores da área, críticos, bloggers e gastrónomos. Também a cerimónia, que decorreu ao início da noite desta segunda no Centro de Congressos do Estoril, foi a mais participada de sempre, com cerca de 450 convidados.

“Quinze anos de prémios Mesa Marcada é um período já bastante abrangente para poder ser útil a quem quiser analisar, através dos seus resultados, como evoluiu a gastronomia em Portugal. Não apenas através de quem ficou nos primeiros lugares ou de quem ganhou prémios especiais, mas também para registar quem neles esteve presente e de como foi visto por um painel de jurados que, cada vez mais, é uma boa representação da nossa comunidade gastronómica”, considerou Duarte Calvão, responsável pelo Mesa Marcada, a par de Miguel Pires.




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