Miguel Grosa, souselense de 30 anos, decidiu encerrar o capítulo do Porta a Porta que teve em Sousel e abrir um restaurante num espaço maior e mais visível, no centro da cidade que é património da UNESCO. “Foi do oito ao oitenta”, diz o profissional formado em Cozinha em Portalegre e que passou pelo Convento do Espinheiro e pelo NAU Montargil antes de se lançar nos negócios próprios. Palco de um tecido gastronómico fervilhante, Évora deu-lhe outro público e muitos turistas.
“A maioria dos clientes ainda prefere o que é tradicional, mas muita gente já procura coisas novas”, comenta. O menu aposta, por isso, num equilíbrio. No que toca os seis pratos principais divididos entre peixe e carne, o chef troca-os de três em três meses, seguindo sempre que possível a sazonalidade das matérias-primas. A Bio Alentejanices dá-lhe os legumes e a carne de vaca é mertolenga (raça alentejana).

Lombo de novilho, beterraba, batata royal e duxelle de cogumelos. (Fotografia: DR)

(Fotografia: DR)

Seleção de sobremesas. (Fotografia: DR)
A partir de setembro a carta terá as anunciadas alterações, mantendo outros pratos. Nas sopas, há gaspacho alentejano com frutos vermelhos e crocante de presunto, e vichyssoise de melão com pêra bêbeda e ar de hortelã. Nas opções de partilha, até setembro ainda será possível provar o carpaccio de polvo com salada de pimentos e o tártaro alentejano com enchidos, coentros e pickles caseiros. Tábuas de queijos e enchidos, tiborna de coelho de coentrada, camarão com mostarda de mel, ovos rotos e cogumelos com molho de soja, sweet chili e coentros são outras das opções.
Nos principais, o chef destaca o tataki de atum com puré de couve-flor, endívia e pepino, sendo que também há pratos vegetarianos e opções seguras para crianças. A fechar, Miguel enaltece o Paris-Brest de amêndoa com gelado de baunilha como uma das sobremesas mais pedidas. Sem levantar muito da ponta do véu, adianta apenas que a próxima carta incluirá uma francesinha transformada em petisco.
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