São conhecidos como passadiços de Fiães, atravessam um bosque povoado de pirilampos, e foram o ponto de partida para mais uma invenção de Amélia Leandro, que interrompe a decoração de bolachas para contar a história dos seus Pirilampos das Ribeiras. Esses bolinhos, que levam amêndoa, coco e uns toques de gengibre, têm praticamente 15 dias de existência e, por enquanto, só estão à venda na Pastelaria Laurita. O nome é uma referência à avó, mulher “muito mandada para a frente”, que, regressada do Brasil, onde tivera uma pensão, tratou de dar novo impulso ao negócio familiar de doces tradicionais, investindo na sua divulgação.
Aquela casa leva 56 anos de vida, tem passado de geração em geração, mas tudo começou bem antes, com as mulheres da família a fazer bolos nas festas e a vendê-los à porta. A tradição ainda persiste, basta pensar na regueifa doce (“até hoje o ex-libris da casa”) ou nos caladinhos de Santa Maria da Feira; só que, ao lado, surgem outras guloseimas saídas da imaginação da proprietária. Aliás, para ser mais viva a ideia de pirilampo, a doceira tratou pôr no cimo dos novos bolos uma pintinha de ovos-moles de fabrico próprio, a simbolizar a luz emitida pelos mesmos. Sublinhando a aposta na qualidade dos produtos, Amélia garante que os Pirilampos das Ribeiras “podem estar 15 dias ou um mês e não se estragam”, apesar de serem artesanais, estando ainda aptos a ser consumidos por celíacos.
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