Na Praça das Flores, o novo Picadero junta carne na grelha e petiscos

(Fotografia de Gerardo Santos/GI)
Na Praça das Flores, em Lisboa, o novo Picadero aposta nas carnes sul-americanas na grelha, no receituário da petiscaria e nos cocktails de autor. Para provar sem pressas, do final de tarde ou início da madrugada.

Aos seis anos, já ajudava a cozer sapateiras na marisqueira dos pais – que mais tarde chegou a liderar – na Costa de Caparica, onde nasceu. Foi também aqui que iniciou e estreitou “um contacto direto e diário” com os pescadores locais, um primeiro passo para que se apaixonasse pelo vasto mundo do peixe e do marisco. A formação de Pedro Quintas fez-se na Cordon Bleu londrina e seguiram-se passagens pelo Bom Bom, na ilha de Príncipe, e pelo algarvio Vila Joya, duas estrelas Michelin do chef Dieter Koschina.

O arranque de 2024 marca novos estímulos na carreira do chef almadense, que agora tem a oportunidade de aprofundar o mundo das carnes no novo Picadero, na Praça das Flores, em Lisboa. “Este é um desafio diferente na minha carreira que desde logo me aliciou”, explica Pedro, que define a sua cozinha como “simples e despretensiosa, sem descuidos, que faz o produto brilhar por si só”.

Os croquetes de rabo de boi e a mixologia da casa. (Fotografias de Gerardo Santos/GI)

O prego do Picadero, para provar de tarde, ao jantar ou noite fora.

A grelha, o carvão e as carnes sul-americanas são as estrelas da casa, com cortes à escolha como entrecôte, ribeye e chuletón e bife. Depois, basta selecionar um dos seis molhos e os acompanhamentos, entre os quais puré de batata trufado, legumes vários ou o arroz de coentros, este último mais próximo de um risoto mas com os sabores do arroz feito pela avó Maria, uma das principais responsáveis para que tivesse começado a cozinhar.

Fora do mundo da parrilla, na carta há espaço para tempura da horta, camarão frito – sua versão do à guilho -, carpaccio de polvo, tártaro, ostras – ao natural e/ou em tempura -, falafel de milho verde e cabeça de alface com manteiga, para acompanhar com o pão de massa-mãe feito pela lisboeta Padaria Soares. Nos remates finais, abre-se espaço para panacotas, cheesecakes ou o Brazão da Família, que junta na mesma sobremesa várias texturas de chocolate, pistacho e sudachi, limão japonês.

As ostras servem-se ao natural ou em tempura.

O chef Pedro Quintas lidera a nova cozinha das Praças das Flores.

Além da sala intimista, também se come e bebe na barra, do final de tarde ao início da madrugada. Aqui, cabem petiscos da carta de sala e outros como pregos, pica-pau e croquetes de rabo de boi. Do outro lado do balcão está Israel Neto, bartender com dez anos de mixologia, que cria cocktails de autor à base de destilados sul-americanos, para ligar à premissa primordial da cozinha. Casos do Fogo Mexicano (mezcal, tequila, lima e ananás grelhado) ou do Seexpresse (rum, especiarias, café e espuma de tiramisù). Também há mocktails e uma garrafeira que soma uma centena de referências, e que se pode provar ao ar livre no futuro, com a chegada de uma esplanada no Largo Agostinho da Silva, nas traseiras do Picadero.

Israel Neto, head bartender do espaço, criou uma carta de cocktails de autor e clássicos, para emparelhar com qualquer prato ou petisco.

A sobremesa que junta várias texturas de chocolate, pistacho e limão japonês.

O restaurante é o mais recente inquilino da Praça das Flores, na capital, e funciona aos finais de tarde, jantares e início de madrugada.

Picadero. Praça das Flores, 44, Lisboa. Web: instagram.com/picaderolisbon. Das 18h às 02h. Encerra domingo e segunda. Preço: carnes desde 24€; petiscos na barra desde 5,50€.




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