N’a Pas de Quois: abriu uma nova pastelaria em Setúbal

A partir da inspiração francesa e dos bons exemplos internacionais praticados em Portugal, Patrícia Veiga e Filipa Martinho criaram uma carta abrangente de lanches e refeições para o dia-a-dia, que agora dão a provar em Setúbal.

Patrícia Veiga, uma das sócias da pastelaria que acabou de abrir na Avenida Luísa Todi, explica o porquê do nome. É a abreviatura de «Il n’y a pas de quoi» – ‘não tem de quê’, em português -, e surge com ‘s’ no final por opção. Amigas de longa data a viver em Setúbal há mais de 40 anos, Patrícia e Filipa estavam num jantar quando surgiu a ideia de criar «uma pastelaria diferente», aproveitando o feliz contexto de desenvolvimento da restauração, hotelaria e turismo que se vive na cidade.

«Eu tenho uma empresa de catering há 11 anos, o Grão de Bico Catering, e soube deste espaço [da antiga pastelaria A Francesinha, muito conhecida na cidade] através de um fornecedor, que me disse que estava para trespasse», conta Patrícia. «A Filipa tem nas mãos a arte do cake design, então decidimos conjugar o conhecimento de uma com o conhecimento da outra», contando com a ajuda do cozinheiro Diogo Girão, formado na Escola de Hotelaria e Turismo.

Et voilà. No dia 14 de novembro, abriram as portas do número 246 da Avenida Luísa Todi com uma vitrina recheada de macarons (de doce de leite, limão, ganache de chocolate, frutos vermelhos e morangos), brigadeiros e bolos à fatia, a fazer as vezes dos bolos de cake design. Mas é a olhar para a carta com atenção que se percebe que a N’a Pas de Quois não é apenas uma pastelaria francesa. «Quisemos dar um cunho pessoal através de criações nossas», explica Filipa.

A tartine NPDQ, com bacon e pimento salteados, tomate e dois ovos estrelados em pão de centeio com noz é um bom exemplo, a par da tartine de presunto, queijo creme e tomate seco ou da veggie, que leva cenoura, courgette, nabo e pimento salteados e molho de soja. Todas servidas com salada, constituem menus práticos para quem não tem muito tempo para almoçar. Outra das opções são as saladas (como a de pato com laranja e tomate assado), e os pratos do dia (7,50 euros) sempre saudáveis, na medida do possível. «Abominamos a fritadeira e tentamos nem sequer usá-la», garantem.

O mesmo princípio se aplica aos sumos naturais, com um sabor diário, num piscar de olho a quem se preocupa com a alimentação saudável. Há sumos detox, sumos imunoprotetores, smoothies e iogurte com granola, mel e frutos vermelhos. E scones para acompanhar com chás de sabores «alternativos» – como os de mirtilo e açaí e laranja e canela -, adjetivo que se aplica à própria decoração do espaço.

Um dos candeeiros da sala é um serviço de chá virado ao contrário, com lâmpadas a sair das chávenas, uma ideia do decorador setubalense João Maria, amigo de Patrícia. Ela apenas lhe transmitiu a indicação de querer algo que remetesse para o universo de Alice no País das Maravilhas, e o resultado foi uma sala florida, com tons pastel e quadros a clamar para serem fotografados. «Ele consegue sempre surpreender», reconhece Patrícia. Os clientes «não têm de quê».

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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