Midori: há carta fresca e com mais ritmo nesta casa Michelin

Midori, em Sintra.
A pandemia veio aumentar o público do primeiro japonês a ganhar uma estrela Michelin em Portugal. No Penha Longa Resort, em Sintra, o Midori tem novos menus de degustação e passa a mudar a carta a ritmo constante. É um “ano de mudança”, explica o chef Pedro Almeida.

Nunca é demais ressalvar uma história de sucesso, em plena pandemia. A chegada da primeira estrela Michelin, há três anos, trouxe um prestígio extra inevitável ao Midori, que une a cozinha e técnica japonesas a uma alma portuguesa, mas a procura também cresceu no último ano e meio. “Temos mais público do que nunca. Fico super satisfeito em ter restaurante cheio e equipa contente. Estou com muita energia para esta nova fase do Midori. É um ano de mudança”, explica Pedro Almeida, chef do restaurante do Penha Longa, em Sintra, o primeiro resort em Portugal com três casas Michelin – aqui juntam-se o LAB by Sergi Arola e o Eneko Lisboa.

De portas reabertas, uma das novidades do Midori foca-se numa maior rotatividade da carta, que vai passar a mudar a um ritmo constante. “Faz-nos bem esta criatividade, estimula-nos”, acrescenta o chef, que acaba de criar dois novos menus de degustação, de oito e nove momentos cada (115 e 145 euros, sem vinhos), sempre focados na cozinha kaiseki, o fine dining japonês que representa e respeita o produto de época.

O Midori tem atualmente dois menus de degustação. (Fotos: DR)

A carta deste Michelin vai passar a mudar a um ritmo constante.

No Hassum, o primeiro momento, chegam à mesa cinco petiscos, entre os quais dois novos: a tartelete com um miso de grão de bico, gamba e azeite e o yakitori (uma espetadinha) de frango com alho francês e pele crocante. A viagem segue com a sopa miso de bacalhau com coentros, um dos pratos-assinatura do Midori, e salta depois para dois sashimi: o de carapau com nabo cozido numa terrina debaixo da terra, a piscar o olho às Furnas, e o de lavagante, onde brilha o poejo e um caldo de marisco.

A couve dengaku com pilpil de bacalhau e alho traz sabores caramelizados e é uma homenagem ao bacalhau com couves que se come no Natal. É uma novidade e é seguida de uma seleção de seis niguiri, um clássico da casa onde se trabalha proteínas como gamba riscada do Algarve, lula, atum, toro e cogumelo shitake, este último numa alusão à memória. “O primeiro prato que aprendi a fazer com os meus pais foi um escabeche de cogumelos”, recorda o chef, líder desta casa com mais de vinte anos, que se tornou no primeiro japonês (e único, até agora) a receber uma estrela Michelin por cá.

Pedro Almeida conquistou a estrela Michelin no Midori em 2018.

O interior do restaurante do Penha Longa Resort, em Sintra.

Resta depois optar entre os pratos principais – o carabineiro curado com puré de cenoura algarvia ou o esparregado de espinafres e broa com novilho maturado – e terminar com uma fresca Mae Dezato, uma espécie de salada de frutas, e a Dezato, que junta mousse de yuzu, sorbet de algas. Para provar com vista para os jardins do Penha Longa e a Serra de Sintra, que espreitam de entre a fachada envidraçada do restaurante. Afinal de contas, Midori significa “verde”.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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