Fogo e crus numa selva urbana, em Lisboa

Restaurante Animal, na Baixa de Lisboa. (Fotografia de Jorge Simão/DR)
O conforto da cozinha de fogo, pratos veganos e o mundo dos crus são alicerces do Animal, nova casa que quer trazer um pouco da selva à Avenida da Liberdade.

Os jardins verticais e as plantas que revestem o pátio, junto a uma piscina, já descortinam a ideia de se criar uma selva urbana na porta 22 da Travessa da Glória, junto à Avenida da Liberdade. No interior do Animal, o restaurante térreo do Hotel Hotel, aberto há seis meses, os padrões exóticos e a estrutura de arte em néon de Wasted Rita ajudam a imprimir garra à nova casa lisboeta.

Na cozinha aberta onde se finalizam os pratos não há fritos nem óleos, apostando-se antes em quatro pilares: cozinha de fogo, crus e a oscilação entre o mundo animal e vegetal, com influências de várias latitudes, da Ásia à América Latina. Ao leme está Carlos Soares, viseense que traçou um percurso entre Lisboa e o Algarve, em espaços como o Tartaria e o Vila Joya (duas estrelas Michelin). Dedicou-se à música e à pintura antes de se atirar à cozinha já aos 40 anos. “A comida sempre me apaixonou. Nunca é tarde para sermos felizes”, explica.

Restaurante Animal, na Baixa de Lisboa. (Fotografia de Jorge Simão/DR)

Na carta, o elemento fogo brilha nos lombinhos de porco preto com jalapeños e pico de gallo; no entrecôte com cebolete e sriracha (molho apimentado); ou no T-Bone maturado com esmagada de batata. Os crus levam-nos ao ceviche de peixe, molho de maracujá e abacate; ao tártaro de atum, citrinos e ponzu; mas também à seleção de sushi e sashimi, com corte preciso do sushiman Saito Kosuke, que trabalha peixe da nossa costa como lírio dos Açores, dourada, sardinha ou carapau. “O peixe de cá é muito bom”, sublinha o nipónico.

A burrata com três texturas de beterraba; o risoto de lima com carabineiro; e o cuscuz de brócolos, espargos e lima são outros pratos da casa. Nos doces, a criatividade vai para Kozue Marimoto, chef pasteleira que já cozinhou para a família real norueguesa e que aqui serve semifrio de maracujá e coco, panacota de morango e baunilha e o Chocolate Osaka, sobremesa focada no cacau e a piscar o olho à sua cidade de origem.

A garrafeira visível junta referências vínicas naturais e biológicas, mas no Animal também se aposta em chás de assinatura e cocktails de autor. Em breve haverá jantares temáticos com noites de fado, jazz e bossa nova, basta ir espreitando as redes sociais.

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